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Brasil Bic Mac no Brasil é o mais caro do mundo, aponta índice

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Preço do sanduíche é referência econômica. (Foto: Divulgação)

Nova pesquisa do índice Big Mac, realizada pela revista britânica The Economist e divulgada recentemente mostra que o principal sanduíche da rede de fastfood McDonald’s no Brasil é o mais caro do mundo. Segundo o levantamento, o Big Mac no Brasil custa R$ 16,90, mas deveria custar R$ 12,48, ou seja, 41% a menos do que o preço americano de US$ 5,51. A comparação leva em conta o preço do sanduíche ajustado pela riqueza produzida pelos habitantes (PIB per capita).

A partir da ideia de que o McDonald’s se esforça para produzir sanduíches idênticos ao redor do planeta, com os mesmos ingredientes e métodos, a revista britânica usa o preço do item mais conhecido do cardápio, o Big Mac, para avaliar a taxa de câmbio pelo mundo e o poder de compra entre os Estados Unidos e outros países.

O ajuste pelo PIB per capita leva à critica de que a média dos hambúrgueres deveria ser mais barata nos países pobres do que nos ricos, já que os custos do trabalho são mais baixos.

Hoje, um Big Mac é 20% mais barato no Brasil (US$ 4,40) do que nos Estados Unidos (US$ 5,51), de acordo com o índice. Mas com base nas diferenças observadas pelo PIB per capita, o sanduíche em terras brasileiras deveria custar 41% a menos do que nos EUA, ou seja, R$ 12,48 (US$ 3,25), de acordo com o levantamento com a taxa de câmbio real de R$ 3,84.

Subvalorizado. Sem o ajuste do PIB, comparando apenas os preço de R$ 16,90 no Brasil e US$ 5,51 nos Estados Unidos, a taxa de câmbio implícita do Big Mac é de R$ 3,07. A diferença entre esta e a taxa de câmbio real, R$ 3,84, sugere que o real está desvalorizado em 20,1%, o pior nível desde janeiro de 2016 (-32%), aponta o índice.

Na economia real, para se ter uma ideia, o dólar fez uma escalada no primeiro semestre deste ano e avançou 17% frente a moeda brasileira.

A comparação feita pela The Economist aponta para onde as taxas de câmbio deveriam ir para chegar a equidade de preço de uma cesta de produtos em diferentes países. Neste caso, se o custo local de um sanduíche é superior ao preço nos EUA, de US$5,51, a moeda está sobrevalorizada, ou cara. Se o preço local é inferior a esse nível, a moeda está subvalorizada, ou barata.

Em janeiro deste ano, o real estava subvalorizado em 3,2%, de acordo com a mesma pesquisa. Em julho de 2017, ele estava 3,7% abaixo do que deveria estar.

Das 41 moedas acompanhadas pela revista, a mais frágil é a libra egípcia, com uma subvalorização de 68%. Apenas duas estão sobrevalorizadas em relação ao dólar: o franco suíço (+18,8%) e a coroa sueca (+5,8%).

Simbolismo

O restaurante do McDonald’s da Praça Pushkin, em Moscou, tem o sabor da história em seus lanches. Ele foi o primeiro da rede americana em território russo e um dos símbolos mais importantes da abertura do país ao capitalismo. As imagens mostram filas de russos que dobravam o quarteirão à espera de um lanche, novidade que representava o estilo ocidental de alimentação fast-food.

A loja foi aberta no dia 31 de janeiro de 1990, um ano após a queda do Muro de Berlim e um ano antes do fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Ainda vigorava o regime comunista. Quando foi inaugurada, a loja era a maior do mundo, com 700 assentos nos salões e mais 200 na parte externa. Debaixo de um céu de inverno, quase 5 mil soviéticos se acotovelavam por mais de oito horas atrás de dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola e picles num pão com gergelim. Os lanches são padronizados mundialmente e não há sabores locais. O comunismo se rendia ao Big Mac.

Os russos fizeram concessões ao capitalismo, mas se mantiveram fiéis à sua cultura. A fachada e o cardápio estão escritos no alfabeto local, o cirílico, e não se vê uma palavra em inglês no recinto. Para pedir um lanche, os estrangeiros que não dominam o russo precisam fazer a mudança do idioma nos painéis de autoatendimento. Só a gerente fala inglês. O Big Mac, o lanche mais popular, custa 114 rublos ou R$ 10. No Brasil, custa cerca de R$ 19.

A loja mudou muito ao longo de quase três décadas. Toda a decoração mudou. A presença da loja é tão simbólica que ela ficou no meio de disputas diplomáticas. Em 2014, ficou fechada por quase três meses por violações de saúde e segurança. Os problemas coincidiram com o estremecimento das relações entre a Rússia e os EUA em função da crise na Crimeia. A Rospotrebnadzor, agência de segurança alimentar, informou que as inspeções inesperadas não tinham relação com o impasse político.

Os frequentadores do restaurante pouco se importam com o pioneirismo da loja ou os dilemas entre socialismo e capitalismo. Os russos comem no restaurante que está mais perto.

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