Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de abril de 2022
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu sinal verde nesta quarta-feira (13) para uma nova ajuda militar para a Ucrânia, que inclui veículos blindados, artilharia e helicópteros. Em um telefonema para seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, Biden anunciou uma nova parcela de ajuda no valor de US$ 800 milhões (R$ 3,75 bilhões), segundo um comunicado da Casa Branca.
Desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, Biden já concedeu um total de US$ 2,35 bilhões de dólares (R$ 11 bilhões) em ajuda à Ucrânia. Os EUA forneceram ao país europeu a maior parte da ajuda militar internacional recebida por Kiev nos últimos meses.
O pacote anunciado pela Casa Branca nesta quarta-feira inclui equipamentos “muito eficazes já entregues” à Ucrânia, além de sistemas de artilharia e meios de transporte blindados, informou o governo. Segundo Washington, a intenção desse novo aporte é ajudar o país a enfrentar a intensa ofensiva russa no Leste do país.
De acordo com fontes da agência Reuters, o Pentágono convocou os oito maiores fabricantes de armamento americanos para lhes pedir que aumentem a capacidade de produção, para que consigam responder ao aumento da demanda provocado pela guerra na Ucrânia. O encontro entre o Pentágono e os representantes da índústria está marcado para esta quarta-feira e deverá contar com a presença da sub-secretária da Defesa, Kathleen Hicks.
Defensiva
Até agora, os EUA se mostravam relutantes a entregar o equipamento pesado pedido pelos ucranianos, alegando que isso só alimentaria mais a tensão entre Washington e Moscou, com o risco de os americanos serem considerados uma parte envolvida na guerra.
A Casa Branca parece, no entanto, abandonar a distinção que fazia entre a entrega de equipamentos “defensivos”, os quais autorizava, e os “ofensivos”, que se negava a fornecer.
Segundo uma lista publicada semana passada pela Casa Branca, até agora os EUA forneceram ou prometeram à Ucrânia 1.400 sistemas antiaéreos Stinger, 5 mil mísseis antitanque Javelin, outras 7 mil armas antitanque, centenas de drones camicases Switchblade, 7 mil fuzis de assalto, 50 milhões de balas e munições, 45 mil lotes de coletes à prova de balas e capacetes, foguetes guiados a laser, drones Puma, radares antiartilharia e antidrone, veículos blindados leves, sistemas de comunicação segura e proteção antiminas.
Sanções russas
O governo russo anunciou nesta quarta-feira que está impondo sanções diretas a 398 membros da Câmara dos Deputados dos EUA e 87 senadores canadenses.
De acordo com a agência Interfax, citando o Ministério das Relações Exteriores, a decisão de Moscou é uma contrapartida às sanções que Washington impôs, em 24 de março, a 328 membros da câmara baixa do Parlamento russo (Duma). A medida bloqueou todas as propriedades que os 328 detinham nos EUA e os proibiu de qualquer negociação com cidadãos dos EUA. A Duma tem um total de 450 deputados.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia deu poucos detalhes sobre as sanções, além de dizer que todos os que estão na lista serão impedidos de visitar a Rússia.
“Novos anúncios de contramedidas russas estão planejados para um futuro próximo, envolvendo um aumento no número de pessoas na ‘lista de paralisação’ e outras medidas de retaliação”, disse a Interfax citando o ministério.
O Canadá, por sua vez, havia anunciado, em 24 de fevereiro, que estava incluindo 351 membros da Duma à sua lista de sanções.