Quarta-feira, 29 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de março de 2022
Presidente dos EUA, Joe Biden, reúne-se com o presidente da Polônia, Andrzej Duda, em Rzeszow, Polônia.
Foto: ReproduçãoO presidente norte-americano, Joe Biden, participou de um encontro neste sábado (26) com Andrzej Duda, chefe do Executivo da Polônia, em Varsóvia. Na reunião, no palácio presidencial do país, Biden destacou a importância, para os Estados Unidos, da estabilidade na Europa e disse que os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) precisam se manter juntos.
A visita de Biden à Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia, é parte do contexto da guerra que aflige o país vizinho – a invasão russa ao território ucraniano completou um mês nesta semana.
Em declaração dirigida a Duda, na reunião, Biden lembrou da participação dos Estados Unidos na Primeira e na Segunda Guerra Mundial. “Nós ajudamos a Europa nessas guerras, participamos dessas guerras. Eu digo, há muito tempo, que a estabilidade na Europa é absolutamente importante para os Estados Unidos, considerando nossos interesses não só na Europa, mas também no mundo”, disse o presidente norte-americano.
Biden também disse a seu colega polonês Andrzej Duda que vê a garantia do Artigo 5º da Otan de defesa mútua entre os estados membros como um compromisso “sagrado”.
“O mais importante é que a Otan fique completamente unida, e não haja separação. O que quer que a gente faça, precisamos fazer em uníssono. Estou confiante que Putin contava com a divisão da Otan, a separação entre os lados ocidental e oriental, baseado na história das nações. Mas ele não conseguiu fazer isso: nós continuamos juntos”, completou o presidente.
Ele chegou ao palácio presidencial polonês por volta das 8h40 (de Brasília) e foi recebido por Duda e uma banda militar. Biden deixou o local uma hora depois rumo ao Estádio Nacional de Varsóvia, onde se encontrará com refugiados.
A previsão é que o presidente norte-americano faça um “discurso importante” antes de deixar o país, segundo o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.
Mais cedo, o presidente dos EUA se reuniu com altos funcionários ucranianos em Varsóvia, no último dia de sua viagem à Europa. Em um hotel na capital polonesa, Biden apareceu em uma reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, e o ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, e seus colegas americanos, o secretário de Estado Antony Blinken e o secretário de Defesa Lloyd Austin.
Durante uma curta sessão de fotos, o grupo conversou sobre a árdua jornada que os ministros fizeram da Ucrânia à Polônia, que incluiu uma viagem de trem seguida de três horas de carro.
Biden desembarcou na Polônia na manhã de sexta, quando chegou bem próximo da fronteira com a Ucrânia. Em Rzeszow, ele visitou um grupo de soldados norte-americanos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e agradeceu-lhes pelo serviço.
Em entrevista ao lado do presidente de Duda, Biden informou que irá destinar um bilhão de dólares (aproximadamente R$ 4,7 bilhões) à Polônia para ajudar na situação humanitária dos refugiados no país.
Rússia diz ter encerrado “primeira etapa” da guerra na Ucrânia
Um alto general russo afirmou nesta sexta-feira (25) que a “primeira etapa” do plano militar da Rússia na Ucrânia está concluída e que, agora, o foco é atingir o leste do país vizinho.
“Em geral, as principais tarefas da primeira etapa da operação foram concluídas”, disse o coronel-general Sergei Rudskoy, primeiro vice-chefe do Estado-Maior da Rússia, em um pronunciamento nesta sexta.
“O potencial de combate das forças armadas da Ucrânia foi significativamente reduzido, permitindo-nos, enfatizo novamente, concentrar os principais esforços em alcançar o objetivo principal – a libertação de Donbass”, disse o militar, referindo-se à região ucraniana controlada por separatistas.
Os comentários de Rudskoy ocorrem no momento em que os avanços da Rússia parecem ter parado nas principais cidades ucranianas, como Kiev e Kharkiv. A Rússia também não conseguiu alcançar a superioridade aérea na Ucrânia e sofreu grandes perdas de pessoal desde o início da invasão.
Baixas nas tropas russas
As forças armadas russas disseram, em uma coletiva nesta sexta, que 1.351 militares haviam sido mortos na Ucrânia e 3.825 haviam sido feridos –a primeira grande atualização de baixas desde 2 de março. “Infelizmente, durante a operação militar especial, houve perdas entre nossos camaradas”, disse Sergei Rudskoy.
“Até hoje, 1.351 militares morreram, 3.825 foram feridos. O Estado assumirá a responsabilidade de apoiar as famílias, criar as crianças para receber educação superior, para o reembolso total dos empréstimos e para resolver a questão da moradia”, completou.
A última atualização oficial sobre as baixas de soldados ucranianos foi informada pelo presidente Volodymyr Zelensky, que disse à imprensa, no dia 12 de março, que 1.300 soldados ucranianos haviam sido mortos desde o início da invasão russa. Além disso, segundo as últimas atualizações da ONU, o conflito já deixou pelo menos 1.035 mortes de civis do lado ucraniano e ao menos 3,6 milhões de cidadãos que viviam na Ucrânia deixaram o país.