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Brasil Bilionário brasileiro reconhece falhas nos negócios de alimentos

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“O sonho não andou como queríamos. Estamos consertando, vamos consertar", disse Lemann. (Foto: Reprodução/Youtube)

Os quase dez quilômetros de congestionamentos na zona sul de São Paulo na manhã de sábado (06) não estavam relacionados à saída do paulistano para o feriado de 9 de Julho. Os executivos do mercado financeiro que largavam seus táxis e caminhavam a pé por mais de um quilômetro tinham como destino a concorrida palestra de Jorge Paulo Lemann, o empresário que há pouco mais de um ano se autodeclarou um “dinossauro apavorado”.

O momento não era dos melhores para o fundador da 3G Capital, pressionado, principalmente, pelos questionamentos à estratégia do fundo de adquirir grande marcas no setor de consumo, como os rótulos de cerveja unidos na ABI (entre elas Brahma, Budweiser, Stella Artois, Miller e Skol), mas que não conseguiu ser replicada no setor de alimentos.

Hoje, o segundo homem mais rico do Brasil, pelo ranking mais recente da revista Forbes, reconhece as limitações dessa estratégia, ao falar dos maus resultados financeiros da Kraft Heinz e da perda de poder das marcas mais tradicionais. “O sonho não andou como queríamos. Estamos consertando, vamos consertar. Não é mais possível construir [na área de alimentos] algo tão grande como na parte de cervejas. Esse sonho grande já não é possível mais”, afirmou aos quase 10 mil presentes no auditório lotado.

Durante o evento, ele relembra a frase pronunciada no início de 2018, quando tratou da questão da Kraft Heinz publicamente. “Há pouco mais de um ano, me autointitulei um dinossauro apavorado. Tínhamos de agir mais rapidamente. Agora, eu sou um dinossauro se mexendo, correndo atrás”, afirmou.

“Estou vendo se me atualizo. Tem de correr atrás, senão você vira um dinossauro extinto mesmo”, disse Lemann ao ser questionado sobre o ritmo de viagens de trabalho, aos quase 80 anos, e sobre a busca por conhecimento e investimentos na área de tecnologia.

A 3G tem hoje US$ 10 bilhões para investimentos na área de tecnologia, segundo o empresário. Lemann diz que já colocou dinheiro em três “unicórnios” brasileiras, referência a statups com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão, entre elas a Movile (dona de aplicativos como iFoods e PlayKids), e que segue estudando o setor.

Organizador do evento do qual Lemann participou, o fundador e presidente-executivo da XP Investimentos, Guilherme Benchimol, dividiu o palco com o empresário e falou sobre o desafio de evitar que a maior corretora do Brasil, que tem como sócio o Itaú Unibanco, também se torne algo próximo de um dinossauro, uma empresa gigante e engessada.

“Você vai crescendo, vai ficando mais engessado. A gente percebeu que estava ficando lento e quebramos a empresa em 56 startups”, afirmou, ao colocar o setor entre os que mais demandam alta tecnologia para se manter competitivos e atender seu público.

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https://www.osul.com.br/bilionario-brasileiro-reconhece-falhas-nos-negocios-de-alimentos/ Bilionário brasileiro reconhece falhas nos negócios de alimentos 2019-07-07
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