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Armando Burd Bisturi afiadíssimo

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Previsão anterior para o chamado déficit primário no ano que vem era de R$ 79 bilhões. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O projeto enviado ontem pelo governo federal ao Congresso para socorrer estados falidos é um divisor de águas na gestão pública brasileira. Impõe condições para uma cirurgia profunda, que obrigará a um período longo na Unidade de Tratamento Intensivo com tubo de oxigênio ao lado do leito. Depois, a sala de recuperação até ganhar alta.
É a receita prescrita com uma ousadia que nenhum outro governo teve. Exigirá suportar dor intensa para uma pretendida vida melhor.
Não gastar mais do que arrecada, para não aumentar a dívida pública e pagar juros extorsivos, é um desafio sem precedentes.

DESACERTOS

Para muitos detentores de cargos públicos, a Política é a arte de esconder a realidade, levando a definição às últimas consequências. Alguns escamoteiam por oportunismo e esperteza. Outros por ingenuidade. A verdade sempre esteve e continuará exposta nos orçamentos. O não acompanhamento das contas públicas pela população levou ao colapso. Muitos gestores jogaram dinheiro pelo ralo porque agiram de forma empírica, demonstrando despreparo e “vontadismo”.
O preço da recuperação é altíssimo.

SÓ NA CONVERSA

A 24 de fevereiro de 1987, o ministro da Fazenda, Dilson Funaro, anunciou que o governo brasileiro faria uma auditoria da dívida externa para saber exatamente como foi contraída. Por misteriosas interferências, não andou.

ESTE TEVE CORAGEM

Em 1932, o ministro da Fazenda, Osvaldo Aranha, foi a Londres e pediu aos banqueiros que apresentassem os contratos que compunham a dívida externa brasileira. Acabaram revelando que não tinham os documentos do que correspondia a 40 por cento do total cobrado. Aranha mandou suspender o pagamento. Foi a única vez em que a investida deu resultados positivos. As demais ficaram na intenção.

QUASE AUSENTES

As prefeituras municipais, que pagam os salários, deveriam exigir mais transparência dos conselhos tutelares. A função surgiu em julho de 1990 com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Passados quase 27 anos, há mais de 30 mil conselheiros no País, o que seria uma boa notícia se todos estivessem atuando preventivamente na garantia dos direitos de jovens em processos de desenvolvimento. Não é o que acontece. Precisam sair da zona sombria e do comodismo. Prestar contas à população é indispensável.

MUITA DIFERENÇA

Antigo ditado previne: quem não lidera, libera. Há muitos anos, os governos estaduais recuaram no combate à violência. O espaço foi sendo ocupado. Os grupos de criminosos, que antes eram amadores, estão organizados e profissionalizados. O modelo veio do Rio de Janeiro e seus integrantes não brincam em serviço. Quanto à estrutura de pessoal das Polícias, foi definhando.

ALÔ, ALÔ

Contam que o diretor de um presídio reuniu todos os apenados num salão para falar sobre reabilitação. Começou fazendo um pedido: “Por gentileza, queiram desligar os seus celulares.”

RÁPIDAS

* Abraçar algozes é uma das tradições mais nefastas na política escrita com letra minúscula.

* Quando algum governista no Congresso enche a boca, referindo que “o gigante vai despertar”, chega a dar pânico. Há sempre o risco de ser o da inflação.

* Jornal Clarin, de Buenos Aires: Caso Odebrecht vai sacudir o ano eleitoral na Argentina.

* Próximas contas de luz virão com dispositivo de dar choque: o preço elevado.

* Prefeito novo com caneta cheia de tinta hoje não quer dizer muita coisa.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/bisturi-afiadissimo/ Bisturi afiadíssimo 2017-02-24
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