Política Bolsonaro assina decreto para combater a violência infanto-juvenil
Por Redação O Sul | 18 de maio de 2021
Na cerimônia, foram apresentados dados como os do Disque 100, que registrou mais de 6 mil denúncias em 2021
Foto: Isac Nóbrega/PR/DivulgaçãoO presidente Jair Bolsonaro assinou, na segunda-feira (17), um decreto que cria o Programa Nacional de Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes, em evento no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Na cerimônia, foram apresentados dados do Disque 100, que registrou neste ano mais de 6 mil denúncias de violência sexual contra o público infanto-juvenil.
No discurso, o presidente criticou os antecessores da ministra Damares Alves na pasta. “Por ironia do destino, eu era acusado de tudo em direitos humanos. E, se fizermos um pequeno exercício aqui de rememorar o passado, vejam quem antecedeu a Damares nos últimos anos. Esse ministério, no passado servia o quê e a quem? Não era à população e aos direitos humanos”, afirmou Bolsonaro.
Ao se referir a crimes contra crianças, o chefe do Executivo disse que, quando era parlamentar, tinha liberdade para defender o que deve ser feito com a pessoa que comete essa violência. “Se fosse com minha filha, eu sei o que eu faria. E tenho certeza que a grande maioria que está aqui faria aquilo que estou pensando agora, não tem como relativizar esse tipo de violência”, afirmou.
“Não haverá por parte desse ministério o encobrimento de qualquer pessoa que esteja cometendo crime como esse, que no meu entender não tem pena na nossa Constituição, mas tem no coração de um ser humano”, concluiu Bolsonaro.
Para a ministra Damares, o decreto é mais um passo na proteção de meninos e meninas em todo o país. “O objetivo primordial é promover e consolidar políticas públicas voltadas para a garantia dos direitos humanos. É assim que cuidamos das nossas crianças no governo Bolsonaro”, afirmou.
O Programa, de caráter intersetorial, busca unir esforços entre os diversos setores do sistema de proteção, inclusive da sociedade civil. “Acabou, basta, basta de violência contra criança no Brasil”, disse a ministra, que também lançou a campanha de conscientização pelo Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infantil, celebrado em 18 de maio.
