Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 14 de maio de 2021
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (14) que está cobrando do presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, uma forma de reduzir o preço do gás de cozinha. Durante evento em Mato Grosso do Sul em que entregou títulos rurais a pequenos produtores, ele voltou a dizer que não tem culpa sobre a alta dos combustíveis e comentou as trocas efetuadas no comando do Banco do Brasil.
“Eu zerei todos os impostos do gás de cozinha, estamos trabalhando com o novo presidente da Petrobras em como diminuir o preço do botijão na origem. Hoje está em R$ 42, dá para diminuir”, afirmou, sem entrar em detalhes.
Cobrado por um integrante da plateia a comentar o preço dos combustíveis, Bolsonaro argumentou que não pode ser responsabilizado sobre a alta da gasolina, diesel e etanol.
“O ICMS [cobrado pelos Estados] não é valor fixo, é percentual; tem bitributação em cima disso. Mandei projeto ao Congresso e fui avisado que seria derrotado, retirei o projeto”, alegou. “Não pode o pessoal me culpar pelo preço da gasolina”.
Ainda alegou que, após zerar por dois meses a cobrança de PIS/Cofins sobre o diesel, os governadores “aumentaram o ICMS e não adiantou”. O que os gestores estaduais fizeram, porém, foi aplicar o mesmo percentual de ICMS sobre um preço-base maior, em função de reajustes na refinaria.
No discurso a produtores rurais, Bolsonaro lembrou à ministra Tereza Cristina (Agricultura) que é necessário ela estar atenta à alta no preço dos alimentos. A solução passa, segundo ele, não por tabelamento de preços, mas pelo incentivo à produção.
Ao citar programas de fomento, Bolsonaro disse que o Banco do Brasil melhorou sua interlocução com os produtores após troca na presidência e diretorias. “O Banco do Brasil agora age de forma mais simpática a vocês”, disse ele.
“Nós trocamos todo mundo do Banco do Brasil, eu não troco um, quando eu troco é todo mundo”, afirmou Bolsonaro.
Ele também aproveitou o evento para criticar os governos do PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aparece à frente de Bolsonaro em pesquisas de intenção de voto em 2022.
“Um bandido foi colocado em liberdade e tornado elegível, no meu entender, para ser presidente na fraude”, afirmou cogitando a eleição de Lula no ano que vem. As informações são do jornal Valor Econômico.