Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de julho de 2019
O presidente Jair Bolsonaro criticou uma taxa cobrada para visitar uma praia no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, e disse que o valor “explica porque quase inexiste turismo no Brasil”.
Ele comentou um vídeo em que um homem filma a famosa Praia do Sancho. No Facebook, Bolsonaro citou ser cobrado “R$ 106 para frequentar uma praia em Fernando de Noronha” e que o valor sobe para turista estrangeiro, indo a R$ 212. “Isso é um roubo praticado pelo GOVERNO FEDERAL (o meu Governo). Vamos rever isso”, escreveu o presidente na rede social. Ele finalizou a publicação pedindo que se “denuncie práticas porventura semelhantes em outros locais”.
O pagamento dessa taxa permite acesso ao território do Parque Nacional Marinho, onde estão incluídas algumas das praias mais conhecidas de Noronha, como a do Sancho e a Baía dos Porcos. O valor pago pelo turista para visitar a praia é válido por dez dias.
Além desse valor, ao entrar na ilha de Fernando de Noronha o visitante deve pagar uma taxa de permanência chamada Taxa de Preservação Ambiental. Segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), do Ministério do Meio Ambiente, essa taxa é cobrada e arrecadada pelo governo estadual de Pernambuco, que administra o distrito de Fernando de Noronha. A taxa varia de acordo com os dias de permanência na região.
Áreas de preservação
Bolsonaro defendeu, na semana passada, uma articulação com governadores dos Estados brasileiros para revogar a demarcação de áreas atualmente voltadas à conservação ecológica.
O presidente da República citou como exemplo a reserva ecológica de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, onde ele defende que sejam implantadas atividades turísticas, a exemplo da cidade mexicana de Cancún.
“Por exemplo, vale para todos os Estados. No Rio de Janeiro, a gente quer fazer ali, pretende, com dinheiro de fora, transformar a baía de Angra em uma Cancún. Mas o decreto que demarca a estação ecológica só pode ser derrubado por uma lei”, disse o presidente. “Conversei com o [Ronaldo] Caiado [governador de Goiás] nesse sentido, com o governador do Pará também, estamos conversando com vários governadores, no sentido de nós nos unirmos para desmarcar muita coisa, por decreto no passado, para poder fazer com que o Estado possa prosseguir”, afirmou Bolsonaro.