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Brasil Bolsonaro disse que um de seus potenciais adversários em 2022, o atual governador de São Paulo não representa uma ameaça. “Doria está morto”, disse

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Governador referiu-se aos filhos do presidente Bolsonaro em reunião do PSDB em São Paulo. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), está “morto” para a disputa das eleições presidenciais de 2022, na avaliação do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Também na opinião de Bolsonaro, o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), André Mendonça, é mais “supremável” que o ministro Sérgio Moro (Justiça).

As declarações foram dadas por Bolsonaro neste sábado (31) durante conversa de 1h30min com um grupo de jornalistas no Quartel-General do Exército, em Brasília.

A relação entre o presidente e o ministro está desgastada, com recentes episódios envolvendo a tentativa de interferência de Bolsonaro na Polícia Federal, subordinada a Moro, e no Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão que tinha um aliado do ministro no comando.

Os jornalistas foram convidados por Bolsonaro a participar de um almoço, organizado por militares. Não foram permitidos o uso de gravadores nem a entrada de telefones celulares. Ao final do almoço, Bolsonaro sentou à mesa com os jornalistas presentes para conversar.

Descontraído, Bolsonaro comentou um eventual indicação de Moro a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo ele, isso vai depender do “dia a dia” e de como o Senado avaliaria o ministro em uma sabatina.

Bolsonaro chegou a dizer neste ano que havia reservado uma das vagas a Moro, ex-juiz da Lava Jato que deixou a magistratura para se tornar ministro da Justiça do governo. Depois, negou haver qualquer acordo e disse apenas buscar alguém com o perfil dele.

O presidente também já disse algumas vezes que indicará a uma das vagas do STF um nome “terrivelmente evangélico”.

“Não me comprometi com o Moro no STF. Durante a campanha, o que eu prometi foi alguém do perfil do Moro”, disse novamente neste sábado.

Ainda durante o almoço, o presidente disse então que o ministro da AGU é “terrivelmente supremável”.

Não é a primeira vez que Bolsonaro elogia Mendonça. Em julho, ele já havia dito que o ministro da AGU era “terrivelmente evangélico” e um bom nome para o STF.

O primeiro ministro do Supremo que deve deixar a corte é o decano Celso de Mello, que completa 75 anos — a idade de aposentadoria obrigatória — em novembro de 2020. A segunda vaga no STF deve ficar disponível com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello, em julho de 2021.

Na conversa, Bolsonaro também falou sobre a corrida presidencial de 2022. Para ele, Doria está morto como candidato na próxima eleição. Na opinião, o tucano não tem chances na disputa. “Não dá para forçar ser quem você não é.”

Neste sábado (31), Doria comentou a fala do presidente. “Não é hora de eleição, é hora de gestão. Nós temos que governar. Não temos que polemizar”, disse.

O governador lembrou que o País tem quase 13 milhões de desempregados e emendou: “Acredito que a melhor opção para o presidente Jair Bolsonaro é cuidar do País”.

Doria disse ainda que perdoa Bolsonaro, que não leva seus ataques a mal e que não incorpora as palavras ditas contra ele.

“Eu reconheço as agruras, a dificuldade e a pressão que ele sofre. Então, da minha parte, ele tem o perdão e o bom sentimento. Nós vamos continuar trabalhando juntos. […] Portanto, da minha parte, ele não vai ter um antagonismo e muito menos um antagonista.”

O governador de São Paulo pegou carona em Bolsonaro para se eleger na eleição de 2018. O slogan “Bolsodoria”, no entanto, é coisa do passado — Doria tem buscado se distanciar do presidente.

Bolsonaro já se declarou candidato à reeleição em 2022, enquanto Doria também aparece como postulante ao Palácio do Planalto nas próximas eleições.

Apesar da troca de ataques cada vez mais constante, Doria negou neste sábado que haja ruptura. “Nunca tivemos aliança com o governo Bolsonaro, apoiaríamos todas as medidas que julgássemos positivas”, disse.

O tucano tem feito uma série de críticas indiretas à atuação do presidente. A mais recente na crise do desmatamento, durante visita à Alemanha nesta semana.

O presidente também tem feito ataques a Doria. Na quinta (29), disse que o tucano havia “mamado nas tetas do BNDES”, em referência à compra de jatinho a juros subsidiados do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

“Nunca precisei mamar em teta nenhuma”, rebateu Doria no dia seguinte.

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