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Política Bolsonaro diz que a Argentina perde muito mais se brigar com o Brasil

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O presidente disse que terá "critério" para aceitar filiados no partido e que não permitirá a entrada de "traíra". (Foto: José Dias/PR)

Na véspera do encontro de chefes de Estado na cúpula do Mercosul, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (4) que a Argentina sofrerá mais prejuízos que o Brasil caso decida romper acordos comerciais entre os países. As informações são do jornal Folha de S. Paulo e da agência de notícias Reuters.

No Palácio do Alvorada, onde parou para cumprimentar um grupo de apoiadores, ele disse que, apesar de não ter uma afinidade ideológica com o governo eleito no país vizinho, não rasgará contratos e manterá uma relação pragmática com a Argentina.

A Argentina deu uma guinada para a esquerda. A gente vai para o pragmatismo. A gente brigando, a Argentina perde muito mais. Mas eu não quero perder um dedinho. E vamos continuar fazendo negócios”, disse.

Bolsonaro disse que o país vizinho passa por uma situação econômica “complicadíssima” e criticou a possibilidade de o Banco Central da Argentina emitir papel-moeda diante de um quadro de crise.

“Nós temos de honrar contratos. Não podemos rasgar acordos, porque perdemos credibilidade”, disse.

O presidente ressaltou que não sairá da reunião do bloco econômico, nesta quinta-feira (5), em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, de “mãos vazias”. Ele citou, por exemplo, a possibilidade de fechar o acordo automotivo com o Paraguai.

A iniciativa incluiria na união aduaneira uma das únicas cadeias produtivas que atualmente estão fora do regime especial.

Como o setor automotivo não foi inserido nas regras comerciais do Mercosul, foram assinados tratados bilaterais entre os governos de Brasil, Argentina e Uruguai.

Embora seja visto como uma prioridade para corrigir um desequilíbrio no bloco, o acordo automotivo ainda enfrenta dificuldades pela resistência do Paraguai em ceder em itens da pauta brasileira.

Entre eles, o pleito de que qualquer tratado inclua um compromisso de que Assunção deixará de importar carros usados, que compõem hoje boa parte da frota paraguaia.

Mercosul

Criticado no início do governo de Jair Bolsonaro, o Mercosul foi elogiado nesta quarta-feira pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, por ter deixado de ser “um freio” para os países do bloco e ter se transformado em um “acelerador”.

O Brasil precisa recuperar o tempo e o espaço perdido na economia mundial. Gostaríamos de ter avançado mais, mas reposicionamos o Brasil no mundo como ator respeitado e importante”, disse na abertura da reunião de chanceleres da Cúpula do Mercosul.

O Mercosul deixou de ser um freio para se tornar acelerador. Pode gerar emprego e promover abertura ao mundo. Acabou o Mercosul retórico e ineficiente, voltamos a ter um Mercosul polo de prosperidade e democracia na América do Sul.”

Araújo disse que gostaria de ter avançado mais durante a presidência pro tempore do Brasil, especialmente em relação à revisão da Tarifa Externa Comum (TEC) e iniciar a reforma a partir de janeiro do próximo ano.

Apesar de ter um acordo sobre a necessidade da revisão, os quatro países não conseguiram começar a discussão de propostas de alteração na tarifa, que é em média de 12%, mas pode chegar a 35% no caso do setor automotivo. Esse debate pode, agora, atrasar mais ainda, já que o novo governo argentino tem visões econômicas opostas do atual.

 

 

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https://www.osul.com.br/bolsonaro-diz-que-a-argentina-perde-mais-em-rompimento-com-o-brasil/ Bolsonaro diz que a Argentina perde muito mais se brigar com o Brasil 2019-12-04
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