Sexta-feira, 04 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 2 de maio de 2020
Bolsonaro afirmou que ação depende de prefeitos e governadores.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência BrasilNo Dia do Trabalhador, comemorado na sexta-feira (1º), o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que gostaria que todas as pessoas voltassem a trabalhar, mas ressaltou que a decisão não depende dele e sim de governadores e prefeitos. “Eu tenho certeza que, Deus acima de tudo, brevemente voltaremos à normalidade. Eu gostaria que todos voltassem a trabalhar, mas quem decide isso não sou eu. São os governadores e prefeitos”, afirmou.
A declaração foi dada a cerca de 20 agricultores, que convidados pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), estiveram com o presidente na manhã de hoje no Palácio da Alvorada. Bolsonaro recepcionou o grupo na portaria da residência oficial e seguiu com eles para o interior do Palácio.
Segundo Bia Kicis, o grupo foi agradecer ao presidente a ajuda que ele tem dado ao agronegócio para que ninguém fique sem alimento.
Água
Mais cedo, pelo Twitter, o presidente ressaltou uma informação do Ministério do Desenvolvimento Regional de que mais de 200 sistemas de abastecimento de água serão instalados na Bahia até dezembro deste ano. O investimento da pasta, diz a postagem, beneficiará mais de 1,6 mil famílias naquele estado.
Segundo Bia Kicis, o grupo foi agradecer ao presidente a ajuda que ele tem dado ao agronegócio para que ninguém fique sem alimento. Os agricultores lembram a medida provisória 957/2020. Editada na última segunda-feira (27) ela destina crédito extraordinário de R$ 500 milhões ao PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), política pública que compra produtos da agricultura familiar e os distribui a entidades filantrópicas e famílias carentes.
Aglomerações
O presidente Jair Bolsonaro visitou neste sábado (2) um posto de gasolina às margens da BR-040, perto da cidade goiana de Cristalina. Bolsonaro cumprimentou apoiadores e posou para fotos. Aglomerações se formaram ao redor do presidente, contrariando as orientações das autoridades sanitárias para evitar o alastramento do coronavírus.
Bolsonaro deixou Brasília de helicóptero. Tem sido comum, nos fins de semana recentes, o presidente sair de casa e visitar algum local para cumprimentar apoiadores ou comerciantes. Nessas ocasiões, aglomerações se formam em torno dele.
O presidente é contra as medidas de isolamento social implementadas pelos governos estaduais para diminuir a velocidade do contágio por coronavírus. Ele vem dando declarações públicas de apoio à reabertura do comércio e demais atividades econômicas.
Neste sábado, ele voltou a defender a flexibilização do isolamento social e disse que as pessoas devem ir de máscara para a rua.
“Vamos tomar cuidado e usar máscara”, afirmou o presidente.
Apesar de recomendar o uso da máscara, Bolsonaro usou o equipamento de forma errada. Ele e grande parte dos apoiadores estavam de máscara, mas tiravam o equipamento para posar para fotos ou para falar. Pelas determinações de autoridades de saúde, é errado puxar as máscaras para baixo ou retirá-las, especialmente em meio a aglomerações.
Houve um momento em que o presidente levou a mão ao nariz e depois, com a mesma mão, cumprimentou apoiadores. Levar a mão ao nariz é uma das principais formas de se contagiar e de espalhar o vírus.