Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 17 de outubro de 2019
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (17) que não discute “publicamente” a disputa pela liderança do PSL na Câmara dos Deputados e que, caso o seu telefone tenha sido grampeado, tratou-se de “uma desonestidade”.
Ele comentou, na saída do Palácio da Alvorada, um áudio revelado pela revista Época e pela revista Crusoé no qual Bolsonaro fala com um interlocutor sobre a lista de assinaturas para tirar o deputado Delegado Waldir (GO) do cargo de líder do PSL na Câmara.
Waldir é ligado ao presidente da legenda, deputado Luciano Bivar (PE), e tem feito críticas públicas a Bolsonaro. O governo tenta emplacar o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, como líder da bancada.
Ao ser questionado se articulou para tirar Waldir da liderança do partido na Câmara, Bolsonaro disse: “Eu não trato publicamente desse assunto. Converso individualmente. Se alguém grampeou telefone, primeiro é uma desonestidade”.
Perguntado se vai pedir uma investigação sobre a gravação da fala atribuída a ele, Bolsonaro não respondeu e entrou no carro.
A crise entre Bolsonaro e o comando do PSL se acentuou na semana passada, quando o presidente orientou um apoiador a esquecer Bivar, que, na opinião dele, está “queimado”.