Terça-feira, 30 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de julho de 2019
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na quarta-feira, ao assumir a presidência do Mercosul, que o Brasil buscará modernizar regulamentos sobre produção e comercialização de bens. De acordo com Bolsonaro, o Mercosul precisa se renovar, se modernizar para evitar a perda de relevância. Ele disse ainda que trabalhará para incluir automóveis no acordo. As informações são do jornal O Globo.
“Trabalharemos para finalmente incluir os automóveis e o açúcar na união aduaneira. A falta de acordo sobre esses setores fere a credibilidade do Mercosul. Com outros parceiros, temos cada vez mais acordos que incluem esses setores. É injustificável que ainda não haja entendimento entre nós”, afirmou.
O açúcar brasileiro não entra no mercado argentino, por exemplo, embora os vizinhos importem de outros países. Desde o governo de Michel Temer, Brasil e Argentina começaram a discutir mudanças. O setor automotivo também não é parte integrante do comércio livre dentro do bloco. Existe um acordo automotivo entre Brasil e Argentina, com limitações no comércio de veículos isentos de Imposto de Importação. O que não faz parte da cota negociada sofre tributação de 35%.
Bolsonaro relatou ter recebido uma economia em grave crise ao assumir a Presidência. De acordo com o presidente, para consolidar o crescimento, era preciso equilibrar as contas públicas, resgatar a credibilidade e integrar o Brasil ao restante do mundo.
“Com a reforma da Previdência, que está muito bem encaminhada, conseguimos recolocar o Brasil na direção da responsabilidade fiscal”, disse, acrescentando que o governo tem adotado medidas para melhorar a vida dos empresários e investidores.
No discurso, Bolsonaro afirma que o acordo fechado com a União Europeia foi a maior conquista do Mercosul.
Com esse acordo histórico,demos um passo essencial para que nossas economias sejam mais prósperas e competitivas. E mostramos que, livre das amarras ideológicas, o Mercosul está à altura dos desafios do século XXI.
De acordo com o presidente, o acordo contempla inúmeros produtos de nosso interesse:
“Nada disso teria sido possível se não tivéssemos tirado o Brasil da retranca. O zero a zero não nos interessa. Injetamos coragem e ousadia nas negociações do Mercosul, para que não fique dúvida de que nossa política de abertura é para valer. E queremos ver ainda mais resultados”, afirmou.
Bolsonaro reiterou que o governo brasileiro busca um Mercosul de menos discurso e mais ação, ou com menos ideologia e mais resultados.