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Brasil Bolsonaro pediu para baixar o tom da campanha, disse o seu vice, general Mourão

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O vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão (foto), os filhos e seus principais aliados o substituirão em eventos públicos. (Foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini)

O vice do candidato à Presidência Jair Bolsonaro, general Hamilton Mourão, afirmou que o objetivo da equipe de campanha e o pedido do próprio presidenciável é para que os militantes moderem o tom. Segundo Mourão, confrontos nesse momento não vão ajudar ninguém e seria péssimo para o País. O general, que disse ter sido sempre a primeira opção para vice, ainda afirmou que vídeos estão sendo produzidos e disseminados entre simpatizantes de Bolsonaro pelos Estados para que a mensagem de redução das tensões seja propagada.

“Bolsonaro me ligou e disse que vamos moderar o tom, me pediu para não exacerbar essa questão que está ocorrendo. Nós vamos governar para todo o Brasil. Sem união a gente não chega a lugar nenhum, ter confronto nesse momento não vai ajudar a ninguém e é péssimo para o País”, explicou Mourão durante uma entrevista para a Globonews, que falou sobre a estratégia da equipe de espalhar vídeos entre os “cabeças de chave” da campanha espalhados pelo País.

“A gente não tem condições de controlar 100% a militância, mas estamos fazendo pequenos vídeos, falando para o pessoal raciocinar e abaixar o tom nesse momento. Nosso foco é propagar as ideias de Bolsonaro e reduzir as tensões.”

O vice de Bolsonaro admitiu que, num primeiro momento, ele e outros membros da campanha exageraram nas declarações. Logo após o ataque, ainda na quinta-feira, o general afirmou que o PT seria o culpado pelo atentado e disse a frase “se querem usar a violência, os profissionais da violência somos nós”.

“Quando ocorre um evento traumático assim, tem que ter muita calma. Realmente subiu um pouco o tom (no início), mas temos que baixar, porque não é caso de guerra. Que se investigue e julgue o caso”, disse o general.

Antes de Mourão ser definido como vice, Bolsonaro publicamente tentou outras opções, como o senador Magno Malta, o general Augusto Heleno e a advogada Janaína Paschoal. Entretanto, Mourão disse que ele sempre foi a primeira opção de vice, e que já teria sido procurado há três anos.

“Eu sempre fui a primeira opção. Há três anos ele me procurou e disse que contava comigo. Quando eu estava para ir para a Reserva, ele pediu para eu me filiar. Claro que ele buscou outras opções, que poderiam ser melhores naquele momento, mas no final olhou para o banco de reservas e falou ‘entra em campo'”.

No único momento em que Mourão subiu o tom nas críticas a adversários foi quando ele se referiu a Geraldo Alckmin. Sem citar o nome do candidato do PSDB, o general repudiou as propagandas da campanha tucana, atacando diretamente Bolsonaro.

“A campanha de um determinado candidato é de uma baixaria sem tamanho. Fica pinçando frases sem contexto.”

Na primeira pergunta sobre programa de governo, o general defendeu o porte de armas. Ele explicou que a violência não iria aumentar com essa medida, pois as pessoas fariam provas psicotécnicas e de tiro antes de usarem armas de fogo, e que o monopólio da força do Estado não seria quebrado.

“Não é simplesmente jogar fuzil para cima cada um pega o seu. Tratamos do direito de cada um ter arma, mas precisa antes fazer teste psicotécnico e de tiro. Acidente de trânsito, por exemplo, mata quase igual homicídio, e ninguém pensa em proibir pessoas de dirigirem carro. Pode ser uma comparação exagerada, mas o que o Bolsonaro coloca é a liberdade da pessoa em ter ou não a arma. A questão é o equilíbrio de forças. Se você tiver uma arma, é capaz de reagir num assalto”, explicou o general, que, em relação a excessos cometidos por militares durante a ditadura, afirmou que “heróis matam”.

Depois, Mourão foi questionado por algumas pautas atuais no País. Sobre a intervenção federal na segurança do Rio, ele disse que foi algo colocado “nitidamente com fins políticos”, e que a intervenção deveria ser político e militar.

“Só a repressão não é o suficiente para combater o narcotráfico. Os militares vão ao combate, mas não conseguimos agir no resto, o Estado não entra como o todo”, disse Mourão.

O vice de Bolsonaro afirmou ainda que a crise de migração de venezuelanos precisa ser tratada como um problema nacional e não só de Roraima, e se disse “um homem da cultura”. Para esse setor, ele defendeu o uso da iniciativa privada.

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https://www.osul.com.br/bolsonaro-pediu-para-baixar-o-tom-da-campanha-disse-o-seu-vice-general-mourao/ Bolsonaro pediu para baixar o tom da campanha, disse o seu vice, general Mourão 2018-09-08
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