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Brasil Bolsonaro questiona ajuda de 20 milhões de euros do grupo dos sete países mais ricos do mundo para a Amazônia e pergunta: “O que eles querem lá?”

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O partido é o que mais vai ter dinheiro público para gastar nas eleições de 2020. (Foto: Carolina Antunes/PR)

O presidente Jair Bolsonaro questionou nesta segunda-feira (26) as intenções que estariam por trás das anunciadas ajudas internacionais para combater incêndios na Amazônia, após o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciar que os países do G7 darão ao menos 20 milhões de dólares para combater as queimadas. “O que eles querem lá?”, perguntou. As informações são do jornal O Globo.

Ajuda sem retorno

“Macron promete ajuda de países ricos à Amazônia. Será que alguém ajuda alguém, a não ser uma pessoa pobre, né, sem retorno? Quem é que está de olho na Amazônia? O que eles querem lá?”, disse Bolsonaro em pronunciamento a jornalistas ao deixar o Palácio da Alvorada, recusando-se a responder questionamentos dos repórteres.

Em uma fala recheada de ataques à imprensa, a qual acusou várias vezes de mentir, Bolsonaro também disse que prefere fazer quatro anos de um bom governo do que oito anos de um governo ruim. Ele também negou se preocupar com reeleição, apesar de repetidos pronunciamentos públicos que fez recentemente, nos quais afirmou que pretende entregar um país melhor em 2022, ou em 2026, ao seu sucessor.

“Não estou preocupado com reeleição. O dia em que eu me preocupar com reeleição, me transformo num cara igual aos outros que me antecederam”, afirmou.

Depois, em sua conta no Twitter, Bolsonaro afirmou que não vai aceitar que Macron faça “ataques descabidos e gratuitos à Amazônia” e acusou ele de tratar o Brasil como uma “colônia ou uma terra de ninguém”. Ele também disse que outros chefes de Estado se solidarizaram com o Brasil e que “soberania de qualquer país é o mínimo que se pode esperar num mundo civilizado”.

“Não podemos aceitar que um presidente, Macron, dispare ataques descabidos e gratuitos à Amazônia, nem que disfarce suas intenções atrás da ideia de uma ‘aliança’ dos países do G-7 para ‘salvar’ a Amazônia, como se fôssemos uma colônia ou uma terra de ninguém. Outros chefes de estado se solidarizaram com o Brasil, afinal respeito à soberania de qualquer país é o mínimo que se pode esperar num mundo civilizado”, escreveu o presidente.

Governo não quer ajuda vinculada a monitoramento
Antes mesmo de saber o teor do comunicado do G7, o governo brasileiro estava decidido a não aceitar qualquer tipo de ajuda que fosse vinculada a mecanismos de monitoramento.

Segundo uma fonte, o presidente Jair Bolsonaro e seus principais auxiliares passaram o fim de semana trabalhando com seus países aliados, como EUA, para que o texto final do G7 não contivesse discussões conceituais e declarações políticas ou com linguagem “vaga e imprecisa”, tais como a definição de “pulmão do mundo” para a Amazônia.

A expectativa em Brasília é que Jair Bolsonaro converse com a chanceler alemã, Angela Merkel . Será uma forma de quebrar o gelo, uma vez que as relações entre Merkel e o presidente do Brasil estão estremecidas há semanas, em função de questões ambientais.

Recentemente, ao saber que a Alemanha havia suspendido a ajuda ao Fundo Amazônia , Bolsonaro sugeriu que a chanceler usasse o dinheiro para reflorestar seu próprio país.

Outro telefonema aguardado para esta segunda-feira é do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele já havia conversado com Bolsonaro na última sexta-feira e se oferecido para defender o Brasil no G7. Segundo fontes, o Brasil também contou com o apoio de Itália, Japão e Reino Unido. Espanha e Chile, que participaram como convidados, também ajudaram na estratégia do governo brasileiro.

Envio de aviões e reflorestamento

Nesta segunda, último dia do encontro do G7 , em Biarritz, na França, Emmanuel Macron anunciou um acordo de 20 milhões de dólares (pouco mais de R$ 83 milhões) para uma ajuda emergencial contra as queimadas na Amazônia.

Entre outros pontos, a ajuda virá no envio de aviões da Canadair para o combate a incêndios na região.

Além da frota aérea, o G7 concordou com uma assistência de médio prazo para o reflorestamento, a ser apresentado na Assembleia Geral da ONU no final de setembro, para o qual o Brasil terá que concordar em trabalhar com ONGs e populações locais.

Essa “iniciativa para a Amazônia” foi anunciada ao final de uma sessão da cúpula do G7 dedicada ao meio ambiente, durante a qual foi discutida a situação na Amazônia, que tem provocado grande preocupação internacional.

Macron tornou a situação na Amazônia uma das prioridades da cúpula, apelando no sábado para uma “mobilização de todos as potências” para lutar contra as queimadas e em favor do reflorestamento.

Segundo os números mais recentes, 79.513 incêndios florestais foram registrados no Brasil desde o início do ano, com pouco mais da metade na Amazônia.

Sob pressão internacional, o Brasil finalmente entrou em ação no domingo, enviando dois aviões Hércules C-130.

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