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Por Redação O Sul | 14 de agosto de 2020
O presidente Jair Bolsonaro tem a melhor avaliação desde que começou o mandato, com um crescimento da aprovação e uma queda na rejeição, mostra a mais nova pesquisa Datafolha. O índice dos que consideram seu governo ótimo ou bom subiu de 32%, no levantamento de junho, para 37%, número de agosto.
Já os que avaliam a gestão como ruim ou péssima caíram de 44% para 34% no mesmo período. O presidente faz um administração regular para 27% (eram 23% em junho).
Em toda a série no governo Bolsonaro, a melhor marca que o presidente havia atingido foi de 33% de ótimo ou bom, registrada duas vezes, em abril e maio de 2020. Por causa da pandemia, o Datafolha fez as entrevistas por telefone, ouvindo 2.065 pessoas nos dias 11 e 12 de agosto. As informações foram publicadas no site do jornal “Folha de S.Paulo”.
A melhora na avaliação de Bolsonaro coincide com a moderação do discurso do presidente nos últimos meses. Desde a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj, o presidente abandonou a confrontação pública com outras instituições. O mesmo período marca a consolidação do auxílio emergencial de R$ 600 recebidos por trabalhadores informais durante o período da pandemia.
No corte por regiões, seu melhor desempenho relativo foi no Nordeste, justamente a região que concentra mais pessoas que recebem o auxílio. Lá, a rejeição ao presidente caiu de 52% para 35%. A avaliação positiva subiu de 27% para 33%, mas ainda é a mais baixa entre as regiões do País.
No Sudeste, sua aprovação cresceu de 29% para 36%, enquanto a avaliação negativa foi de 47% para 39%.
O Datafolha também mediu a confiança no presidente. Disseram nunca confiar em Bolsonaro 41% dos entrevistados, enquanto 22% sempre confiam e 35% disseram confiar “às vezes”.
Confira mais dados da pesquisa:
Confiança em Bolsonaro
– Sempre confiam — 22% (20% em junho);
– Confiam às vezes — 35% (32% em junho);
– Nunca confiam — 41% (46% em junho).
Detalhes da avaliação do governo
Avaliaram como ótimo ou bom, entre os entrevistados:
– 42% entre homens;
– 45% entre pessoas de 35 a 44 anos;
– 42% entre moradores do Sul;
– 42% entre moradores do Centro-Oeste/Norte;
– 36% entre moradores do Sudeste;
– 33% entre moradores do Nordeste;
– 42% entre aqueles que pediram e/ou receberam o auxílio emergencial;
– 36% entre aqueles que não pediram o auxílio emergencial;
– 58% dos empresários.
Avaliaram como ruim ou péssimo, entre os entrevistados:
– 39% entre as mulheres;
– 39% entre moradores do Sudeste;
– 35% entre moradores do Nordeste;
– 47% entre quem tem ensino superior;
– 47% entre quem ganha mais de dez salários mínimos;
– 47% entre pretos;
– 56% entre estudantes.