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Brasil Bolsonaro volta a criticar o isolamento social contra o coronavírus

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No post, Bolsonaro também compartilhou vídeo de coletiva do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, em que ele defende o presidente. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou no sábado (16), em suas redes sociais, que “o desemprego, a fome e a miséria será [serão] o futuro daqueles que apoiam a tirania do isolamento total”. Na sexta-feira (15), o ministro da Saúde Nelson Teich pediu demissão por divergências com o presidente em relação à política de isolameto social e por causa da pressão de Bolsonaro para a mudança do protocolo do ministério para o uso da cloroquina no tratamento de pacientes com a Covid-19, mesmo sem comprovação científica.

No post, Bolsonaro também compartilhou vídeo de coletiva do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, em que ele defende o presidente. No vídeo, Onyx diz que o “Brasil tem que se preocupar sim com os aspectos econômicos”. Segundo o ministro, “o desemprego, a fome e a miséria matam historicamente mais na américa Latina do que qualquer epidemia”.

O isolamento social é recomendado pela Organização Mundial de Saúde e foi adotado por diversos países como forma de evitar a propagação do coronavírus e tentar minimizar os efeitos da pandemia. O combate ao novo vírus tem se mostrado mais eficaz, segundo médicos e cientistas, nos locais onde o isolamento foi feito com melhor planejamento e maior adesão da população.

A OMS também defende que, junto com o isolamento, os governos adotem ações para garantir que os mais vulneráveis possam adotar a medida. Especialistas em saúde e desenvolvimento têm advertido que a retomada das atividades econômicas sem que a disseminação da doença esteja controlada e sem que os países tenham estratégicas para detectar e evitar o contágio a partir de novos focos da Covid-19 pode atrasar ainda mais a recuperação da economia, além de pôr em risco a saúde da população.

OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) repercutiu a situação atual do Brasil diante da pandemia do coronavírus em sessão realizada hoje. Ao ser questionado por uma jornalista sobre as ações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que considerou academias e salões de beleza como serviços essenciais, Michael Ryan, diretor-executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, tomou a palavra e pediu “coerência e coesão” ao governo.

“Vimos um aumento no número de casos no Brasil e no restante da América do Sul e Central. Independente do sistema de saúde, é preciso haver coerência e coesão em todo o governo em relação à sociedade. As comunidades precisam ouvir mensagens coerentes de todas as autoridades”, disse.

O diretor, no entanto, não comentou o pedido de demissão de Nelson Teich, ocorrida no fim da manhã de hoje, citando apenas que “todos os países estão enfrentando dificuldades” e que “é difícil manter a coesão e a confiança no meio de uma crise”. “Nenhum país tem respostas completamente certas [para controlar o coronavírus]. Alguns trabalharam com mensagens simples para a população, e isso atingiu vários níveis da sociedade”, completou Ryan.

Minutos antes, o diretor-geral da organização, Dr. Tedros Adhanom, informou que a OMS vai lançar, na semana que vem, um “mecanismo inovador” para disseminar estratégias de vacinas e medicamentos que combatem o coronavírus pelo mundo. O presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado, foi um dos convidados da sessão de hoje. Segundo Tedros, ele foi um dos idealizadores do projeto. “A OMS aceitou esta proposta visionária e, nas próximas semanas, lançará uma plataforma para compartilhamento aberto e colaborativo de conhecimentos, dados e propriedade intelectual sobre ferramentas de saúde existentes e novas para combater o coronavírus”, disse.

Alvarado considerou que é preciso trabalhar em conjunto para sanar o problema. “Apenas se agirmos juntos conseguiremos combater a covid-19. Não podemos nos prender no nacionalismo e não podemos ser egoístas. É justamente o momento de fazer o contrário, de trabalharmos juntos. É uma oportunidade para mostrarmos a humanidade o melhor de nós mesmos e que conseguimos trabalhar em conjunto”.

 

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https://www.osul.com.br/bolsonaro-volta-a-criticar-o-isolamento-social-contra-o-coronavirus/ Bolsonaro volta a criticar o isolamento social contra o coronavírus 2020-05-16
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