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Saúde Bomba de insulina com sensor é o que há de mais próximo de um pâncreas artificial

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Mais autônomo, dispositivo pode evitar hipoglicemia e hiperglicemia. (Foto: Reprodução)

Com algoritmos e mais precisão, bombas de insulina usam tecnologias cada vez mais sofisticadas para melhorar o controle de glicose e a qualidade de vida de quem tem diabete. Em 2022, chega ao País um novo tipo de bomba, que combinada a um sensor para medir a glicose pode evitar hipoglicemia e hiperglicema de modo automatizado.

A ciência corre para chegar mais perto de um pâncreas totalmente artificial, que dependa menos de ações humanas. Acoplados na cintura ou até introjetados no corpo, os dispositivos miram uma injeção autônoma de insulina e controle mais preciso do açúcar no sangue. O custo elevado, porém, é um dos principais entraves.

Desenvolvida pela multinacional Medtronic, a bomba de insulina do Sistema Minimed 780G foi aprovada em março pela Anvisa e deve chegar aqui em 2022. O preço ainda não foi divulgado, mas deve ser maior que outros no mercado, como o Minimed 640G. Também da Medtronic, ele custa cerca de R$ 30 mil e manutenção de R$ 3 mil e R$ 4 mil por mês, diz o médico Marcio Krakauer, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Segundo ele, um dos diferenciais do 780G é que, além de corrigir a hipoglicemia, o algoritmo conectado ao dispositivo recebe uma meta de glicose para controlar a hiperglicemia, quando há nível alto de glicose no sangue. O dispositivo fica acoplado na cintura e conectado à região abdominal por uma cânula, que entrega insulina ao longo do dia. Segundo a Medtronic, o novo sensor e o transmissor enviam os dados via Bluetooth para a bomba e para o celular, permitindo acompanhar a glicemia e liberar a insulina. O modelo já é vendido na Europa.

O sistema ainda requer ao menos duas medições manuais diárias para calibragem de glicose, praticamente o mesmo tanto do 640G – um híbrido automático. Krakauer prevê mais avanços nos próximos anos. “É tudo uma questão de acertar o algoritmo”, diz ele, que reforça a necessidade de orientação médica.

Além da Medtronic, a suíça Roche vende bombas no Brasil. O Accu-Chek Combo – que depende de mais ações manuais – custa cerca de R$ 4,5 mil e requer manutenção de cerca de R$ 1,8 mil por mês.

Em 2019, a FDA (agência reguladora americana), aprovou, segundo o órgão, a “primeira bomba de insulina interoperável”. Da empresa Tandem Diabetes Care, a Slim X2 é acoplada a um sensor de monitoramento de glicose, que permite personalizar o tratamento, sem calibragem diária. Ainda não há previsão de venda no Brasil.

Segundo a edição de 2019 do Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), o Brasil é o 5º país com o maior número de adultos entre 20 e 79 anos diagnosticados com o diabete mellitus: 16,8 milhões de pessoas. A IDF estima ainda que metade dos adultos não recebe diagnóstico, o que dificulta entender a real dimensão da doença.

Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) apontam que, do total de pacientes, aproximadamente 90% têm diabete tipo 2, quando normalmente o corpo não absorve insulina de forma adequada. Ao mesmo tempo, menos de 10% possuem diabete tipo 1, em que a doença tem caráter autoimune. Não há uma estimativa precisa de quantas pessoas usam bomba de insulina no País.

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