Quarta-feira, 08 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 3 de janeiro de 2020
Qassem Soleimani era o chefe da Guarda Revolucionária do Irã
Foto: DivulgaçãoQassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária do Irã e um dos homens mais poderosos do país, morreu em um ataque aéreo dos Estados Unidos na quinta-feira (02), em Bagdá, no Iraque.
O Pentágono confirmou o bombardeio e disse que a ordem partiu do presidente Donald Trump. Em nota, o órgão culpou Soleimani por mortes de americanos no Oriente Médio e afirmou que o objetivo foi deter planos de futuros ataques iranianos.
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse nesta sexta-feira (03) que a morte de Soleimani irá dobrar a motivação da resistência contra os EUA e Israel. “Todos os inimigos devem saber que a jihad de resistência continuará com uma motivação dobrada, e uma vitória definitiva aguarda os combatentes na guerra santa”, disse Khamenei em comunicado divulgado pela TV, no qual pediu três dias de luto nacional.
O presidente iraniano Hassan Rouhani disse que agora o país estará mais determinado a resistir aos EUA e prevê vingança. “O martírio de Soleimani tornará o Irã mais decisivo para resistir ao expansionismo americano e defender nossos valores islâmicos. Sem dúvida, o Irã e outros países que buscam a liberdade na região se vingarão”, afirmou Rouhani.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, afirmou também em uma rede social que a morte de Soleimani é um “ato de terrorismo” dos EUA “extremamente perigoso e uma escalada tola”.
O bombardeio ocorreu no aeroporto internacional de Bagdá e matou também Abu Mahdi al-Muhandis, chefe das Forças de Mobilização Popular do Iraque, milícia apoiada pelo Irã, e pelo menos mais cinco pessoas.