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Por Redação O Sul | 17 de fevereiro de 2016
O percentual de pessoas atendidas em áreas urbanas por redes de água e esgoto estagnou em 2014 e deixou o País mais longe da meta de atingir a universalização do saneamento até 2033. De acordo com dados publicados nessa terça-feira pelo Ministério das Cidades, o índice de atendimento por rede de água passou de 93% em 2013 para 93,2% no ano seguinte, e o de esgoto, de 56,3% para 57,6% (ambos nas áreas urbanas). Os dados são do Sistema Nacional de Informação em Saneamento, um banco de dados federal abastecido por empresas de saneamento e governos locais.
A meta brasileira é chegar ao ano de 2023 com a universalização do acesso à água e 93% de atendimento de rede de esgoto dez anos depois. Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria aponta que o plano atrasará ao menos 20 anos no ritmo em que está.
Mesmo com dados de 2014, ano em que o País ainda não sofria a crise econômica de forma profunda, os números apontam que os gastos com o setor já não eram condizentes com a meta estabelecida pelo governo. O valor gasto no setor chegou a 12,2 bilhões de reais, valor superior aos 10,5 bilhões de reais gastos no ano anterior. Mas, para alcançar a meta, o valor anual dos desembolsos teria que superar os 25 bilhões de reais ao ano. O secretário nacional de Saneamento do ministério, Paulo Ferreira, reconheceu os problemas para alcançar a meta. “A evolução é menor do que gostaríamos. Há uma tendência crescente, mas se vamos atingir a meta é prematuro dizer”, afirmou.