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Por Redação O Sul | 1 de julho de 2016
O Brasil registrou 10.520 homicídios de crianças e adolescentes em 2013, o equivalente a quase 29 casos por dia. A quantidade, que só tem crescido desde 1980, coloca o País como o terceiro mais violento do mundo em comparação com outras 84 nações, atrás de México e El Salvador – não estão incluídos países com conflitos recentes, como a Síria. A tendência das estatísticas aponta que o cenário de violência contra esse público deve continuar crescendo nos próximos anos.
Os dados, integrantes de um estudo encomendado pela Secretaria de Direitos Humanos do governo federal, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento foi divulgado nessa quinta-feira.
A análise mostra que as mortes de crianças e adolescentes por causas naturais sofreram queda de 78,5% nos últimos 33 anos, enquanto os óbitos por causas externas – denominação que inclui acidentes de trânsito, suicídios e homicídios – cresceram 22,4% no período.
O que explica esse crescimento, segundo a análise, é “a escalada de um flagelo que se transformou na maior causa de letalidade de nossas crianças e adolescentes: a violência homicida”. O estudo lembra que a quantidade de crianças e jovens mortos diariamente equivale a três chacinas da Candelária, que deixou oito jovens mortos no Rio de Janeiro, em 1993.
(Estadão)