Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 3 de novembro de 2016
Um brasileiro foi condenado a 13 anos de prisão por um caso de estupro em Dublin, de acordo com a imprensa irlandesa.
O rapaz foi filmado por câmeras de segurança saindo de uma boate com uma mulher e entrando em uma ruela, de onde saiu depois de 40 minutos e voltou para a boate.
De acordo com o jornal “The Independent”, a mulher de 23 anos foi encontrada por um pedestre deitada no chão, entre um caminhão e um carro, com as pernas abertas. O pedestre viu sangue ao lado dela e achou que a vítima estava morta. Ele chamou a polícia e a moça foi levada ao hospital. O caso ocorreu no dia 18 de janeiro.
Uma policial disse a uma procuradora que a garota estava intoxicada com ecstasy.
Segundo o jornal, o rapaz recebeu quatro acusações, entre elas de estupro e agressão sexual. A juíza Isobel Kennedy disse que o crime foi violento e insensível perpetuado contra uma mulher vulnerável e embriagada, e que ela seria afetada pelo resto da vida.
O brasileiro foi condenado a 14 anos de prisão, mas a juíza suspendeu o último ano com a condição de que ele deixe o país e não volte por um período de 10 anos.
Ainda de acordo com “The Independent”, o brasileiro trabalhava como condutor de bicitáxi e disse que teve sexo consensual com a mulher, mas em seu depoimento final à polícia disse que se arrependia de ter tirado proveito dela.
A defesa afirmou que o rapaz é de uma cidade pequena do Brasil, onde ele estudou um mestrado e trabalhou em um banco antes de ir estudar inglês na Irlanda. Também disse que na ocasião ele estava tomando remédio para ansiedade, tinha comido pouco e estava “fora de si”.
A vítima disse que “algo terrível” aconteceu com ela e que parecia “um episódio de uma série de terror”.
Procurado pela reportagem, o Itamaraty disse que acompanha o caso por meio da embaixada em Dublin desde fevereiro quando foi informado da prisão do brasileiro, e que presta assistência consular a ele e seus familiares. Mas não deu mais informações, afirmando que “não está autorizado a divulgar informações sobre nacionais aos quais presta assistência consular”.
A reportagem também procurou o tribunal na Irlanda, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. (AG)