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Mundo Brasileiros que moram na Itália relatam a histeria com o coronavírus

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Com isso, o número de vítimas de Covid-19 no país chegou a 4.032. (Foto: Reprodução)

O surto do novo coronavírus está provocando mudanças na rotina de quem mora na Itália. O país é o mais afetado pela doença na Europa — na quinta-feira (27), foram confirmadas 14 mortes.

Brasileiros que moram na Itália dizem que estão tendo de adaptar suas atividades.

É o caso da jornalista Renata Trigo Bayarri, de 34 anos, que mora com o marido, o engenheiro Enrico Schiavetto, de 37, em Como, na Lombardia. A região fica no Norte do país, perto da fronteira com a Suíça, e está no epicentro do coronavírus.

Ela classifica a situação por lá como “histeria coletiva”. As aulas estão suspensas, bem como atividades coletivas em geral. Nos supermercados, diz, os moradores correm para garantir suprimentos, o que deixa as prateleiras vazias.

“O pessoal está com medo de que seja decretada quarentena. Quando isso acontece, ninguém pode sair de casa, sob pena de multa ou até prisão”, explica.

Ela afirma que muitas empresas estão liberando os funcionários para trabalharem de casa ou mesmo colocando-os em férias.

Renata, entretanto, continua exercendo suas atividades profissionais normalmente. “Eu trabalho na Suíça e, por lá, tudo está normal”, afirma a brasileira.

A jornalista diz não ter medo do vírus, mas das consequências econômicas trazidas por ele. “Com fábricas fechando, empresas parando de trabalhar, comércio sem funcionar e os hotéis com um monte de cancelamento, vai vir uma crise tremenda por aí”, diz.

O sociólogo Jot Tagliavini, de 35 anos, também está sem ir à escola onde dá aulas. Ele mora com a mulher e o filho em Trentino, no nordeste da Itália. “Estamos enviando as lições de casa pela internet”, afirma.

Apesar do surto, Tagliavini diz não ter modificado os hábitos de higiene para evitar contaminação pelo coronavírus. “Na minha família, já tínhamos o costume de lavar as mãos várias vezes ao dia”, diz o professor.

Ele admite que redobra a atenção quando alguém tosse ou espirra perto dele na rua. Ele também evita sair com o filho, de 5 anos.

A brasiliense Thaís Cunha, que está em Milão desde novembro do ano passado, conversou com o portal G1. Ela afirma que o dia a dia na cidade mudou por conta dos riscos de contaminação pelo coronavírus.

“A recomendação é evitar locais com grande concentração de pessoas.”

Segundo Thaís, “no começo a situação estava bem tensa” e as pessoas quase não saiam às ruas. Mas, aos poucos, “a vida tem voltado ao normal”, aponta.

“Quando confirmaram o primeiro caso aqui tão perto, foi um choque, porque os números foram aumentando muito rápido. Agora estamos mais tranquilos.”

Prateleiras vazias

No domingo (23), dia seguinte à confirmação do primeiro caso na Itália, Thaís relata que houve uma “corrida aos supermercados”. Ela conta que não havia risco de escassez de produtos, “mas as pessoas ficaram desesperadas.”

“Diante da possibilidade de ficar trancado em casa, todo mundo correu e as prateleiras dos supermercados ficaram vazias. Acabou todo o macarrão e os molhos.”

Thaís explica que, na prática, reforçou o uso de álcool em gel e redobrou o cuidado com a higiene das mãos. Mas ela afirma que não aderiu às máscaras cirúrgicas.

O item, segundo a Organização Mundial de Saúde, é uma forma de proteção, mas não há obrigatoriedade em países onde os riscos de transmissão são baixos.

“O que dá mais trabalho é tranquilizar a família, no Brasil”, afirma.

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