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Economia Cadê os brasileiros e argentinos que só queriam comprar imóveis em Miami?

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Mercado no sul da Flórida depende de compradores estrangeiros. (Crédito: Reprodução)

Miami está enfrentando um novo colapso imobiliário. As incorporadoras de imóveis têm cancelado projetos, reduzido preços e estão oferecendo incentivos como acesso a jatos particulares para impulsionar as vendas, uma repetição da crise imobiliária que atingiu duramente o sul da Flórida (EUA) em 2009.

Financiamento fácil e preços em alta levaram as incorporadoras a construir cerca de 21 mil apartamentos no centro de Miami entre 2004 e 2008. Muitas dessas unidades ficaram vazias durante anos. As incorporadoras dizem que, desta vez, elas se protegeram ao exigir que os compradores adiantassem o pagamento de 50% do valor do imóvel até o momento do início da construção do prédio e ao cancelar projetos em vez de seguir em frente mesmo com a desaceleração do mercado.

Ainda assim, pode não ser fácil para alguns evitar o prejuízo. No quarto trimestre de 2015, o volume de vendas de apartamentos em Miami Beach caiu cerca de 20% ante um ano antes, enquanto os estoques saltaram mais de 30%, segundo relatório da empresa de avaliação Miller Samuel Inc. A média do preço de venda caiu 6,6%.

Depois do colapso do mercado em 2009, argentinos, venezuelanos, brasileiros estavam comprando vorazmente. Além dos descontos que estavam recebendo em empreendimentos que enfrentavam dificuldades no mercado, eles se beneficiavam do fato de que, naquele momento, suas moedas estavam bastante fortes.

Para tentar tirar proveito do interesse dos sul-americanos, as incorporadoras enviaram equipes de vendas à América do Sul e produziram material promocional em espanhol e português. Agora, os sul-americanos estão recuando porque suas moedas perderam valor frente ao dólar e, em alguns casos, porque a queda dos preços do petróleo prejudicou as economias locais.

Muitas das forças que estão deprimindo o mercado de Miami também estão atingindo mercados de luxo de Nova York, sul da Califórnia, Austrália e Londres (Inglaterra). O dólar mais valorizado e o enfraquecimento de moedas locais, a queda dos preços do petróleo e as turbulências da economia global reduziram o poder de compra de muitos investidores estrangeiros.

Carlos Rosso, diretor de desenvolvimento de condomínios do Related Group, a maior incorporadora imobiliária de Miami, diz que está vendendo hoje cerca de 20 unidades por semana ante os cerca de 100 apartamentos por semana no ano passado. Como consequência, a empresa teve que baixar o preço do metro quadrado do seu novo empreendimento, Auberge, para 6.458 mil dólares ante 9.149 mil dólares que teria pedido há algum tempo.

Outras incorporadoras de Miami adiaram ou cancelaram um punhado de projetos planejados no início do ciclo de demanda por imóveis. No geral, a construção de unidades em projetos ativos em Miami caiu 42%, segundo relatório divulgado pela Integra.

No Aurora, um novo prédio de frente para o mar, a incorporadora está oferecendo aos compradores filiação grátis ao JetSmarter, serviço que oferece aos seus membros aviões particulares.

Câmbio.

O mercado de condomínios do sul da Flórida é especialmente vulnerável a oscilações na economia global porque os construtores dependem da compra de estrangeiros, particularmente de sul-americanos, russos e canadenses. Mas o fator câmbio tem pesado no bolso de investidores estrangeiros.
No Brasil, o real se desvalorizou 42% ante o dólar desde 2014, enquanto os argentinos viram seu poder de compra nos EUA cair mais de 40%.

As incorporadoras de Miami afirmam que estão vendo um aumento na demanda de compradores de Nova York e da China, mas que é improvável que ele seja suficiente para compensar a forte queda na procura dos sul-americanos.

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https://www.osul.com.br/cade-os-brasileiros-e-argentinos-que-so-queriam-comprar-imoveis-em-miami/ Cadê os brasileiros e argentinos que só queriam comprar imóveis em Miami? 2016-04-10
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