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Política Câmara aprova projeto que cria 18 vagas de deputado federal, com impacto anual de R$ 64,6 milhões

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Total de deputados aumentará de 513 para 531.

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Total de deputados aumentará de 513 para 531. (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que amplia de 513 para 531 o número de parlamentares na Casa, um acréscimo de 18 cadeiras. Segundo a proposta, o impacto anual será de R$ 64,6 milhões, valor que, de acordo com os defensores da medida, será coberto por remanejamentos dentro do orçamento já previsto. O texto foi aprovado por 270 votos a favor e 207 contra, e segue agora para análise do Senado. O Rio Grande do Sul manterá seus 31 representantes.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), vinha defendendo crescer o número para 524, mas o relator, Damião Feliciano (União-PB), ampliou ainda mais a quantidade.

A matéria é polêmica na Casa e coloca deputados de um mesmo partido em posições opostas. Parlamentares do Rio de Janeiro, por exemplo, foram favoráveis à proposta para não perder cadeiras. Já os deputados de São Paulo foram contrários porque o Estado não teria o número de parlamentares ampliado. Isso porque, a Constituição estabelece que cada Estado só pode ter no máximo 70 cadeiras. Se a regra não existisse, o Estado já poderia acumular 116 vagas para deputados.

O PSOL, Novo e PL foram contra a proposta. O PT, PSB e o governo liberaram a bancada para os deputados votarem como quiserem. Os demais partidos foram favoráveis.

Apesar de o PL orientar contra a proposta, o líder Sostenes Cavalcante (RJ) foi contrário à própria bancada. O deputado é do Rio, um dos Estados que perderiam cadeiras, caso o número de parlamentares não fosse ampliado.

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu, no ano passado, ser necessária uma revisão no número de parlamentares, de acordo com aumento populacional demonstrado no Censo Demográfico de 2022.

Se fossem mantidos o número de 513 deputados, com uma reorganização das cadeiras, Estados como o Paraíba, de Motta, poderiam perder espaço. A proposta em pauta, de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ) determina que nenhum Estado poderá sofrer perda de cadeiras.

A Câmara dos Deputados é composta de forma proporcional pelos representantes de cada Estado e do Distrito Federal. Cada unidade da federação tem no mínimo oito e no máximo 70 deputados, a depender da sua população. Entretanto, alguns Estados reclamam que o número não foi atualizado de acordo com as variações recentes no número de habitantes.

O texto do projeto de lei traz um artigo que proíbe a diminuição no número de deputados, seja geral, ou por bancada. A autora da proposta, o deputado Dani Cunha (União-RJ) ainda sugere que sejam feitos novos cálculos populacionais no país, invalidando números do último censo demográfico de 2022.

O relatório de Damião Feliciano aponta que o aumento de parlamentares terá um custo de R$ 64,6 milhões aos cofres públicos. O parecer aponta ainda que, de acordo com cálculos do governo, o orçamento de 2027 da Câmara já terá um reajuste suficiente para cobrir a despesa adicional.

“Segundo informações da Direção-Geral da Câmara, a criação de 18 vagas para Deputado Federal gerará impacto anual de aproximadamente R$ 64,6 milhões. Tomando por base a última estimativa de reajuste dos limites dos órgãos, para os próximos 4 anos, sinalizada pela Secretaria de Orçamento Federal (SOF) do Ministério do Planejamento e Orçamento, depreende-se que o orçamento desta Casa em 2027 contará com margem ainda maior para abrigar as despesas em tela”, afirma o parecer.

A autora da proposta, Dani Cunha, defendeu que o gasto a mais será utilizado dentro de orçamentos já disponíveis para a Casa.

“Lembrando que a proposta do relator aumenta em apenas 3,5% o número de cadeiras. É praticamente um reajuste do orçamento. Aos críticos deste aumento pela elevação de custos, não haverá, a Câmara ajustará seus gastos. Também teremos oportunidade de estabelecer regramentos sobre o futuro censo, por isso”, disse.

De acordo com a proposta que teve a urgência aprovada, oito Estados seriam beneficiados com mais cadeiras, já que ampliaram as populações: Santa Catarina, Pará, Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Norte.

Outras sete bancadas, que perderiam cadeiras se a mudança fosse feita mantendo o número atual de vagas, continuariam com o número intacto de cadeiras. São eles: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Piauí, Paraíba, Bahia, Pernambuco e Alagoas.

O cálculo é feito da seguinte forma: o número total da população brasileira (203.080.756 milhões), dividido pelo novo número de cadeiras da Câmara (531). O resultado equivale a quantas pessoas cada cadeira da Câmara representa (382.449 mil). Em seguida, foi dividida a população de cada Estado pelo montante de pessoas que representa uma cadeira (pop. Estado/382.449 mil).

Como existe o número máximo Constitucional de 70 deputados por Estado e o mínimo de 8, o ente federativo que tiver resultado acima ou abaixo desses valores tem o número readequado. Exemplo: pelos cálculos, o Acre teria direito a apenas 2 deputados, mas esse número é ampliado para o mínimo, de 8.

(Com informações do jornal O Globo)

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