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Por Redação O Sul | 5 de novembro de 2016
Passadas as eleições municipais e concluída a análise da PEC que impõe um teto para os gastos públicos, os deputados começaram a intensificar as articulações em torno da disputa pela sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara. A eleição ocorrerá em fevereiro do ano que vem.
Maia assumiu o comando da Casa em julho deste ano, após derrotar Rogério Rosso (PSD-DF). O parlamentar substituiu Waldir Maranhão (PP-MA), que ocupava o posto de forma interina desde maio, quando o então presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – atualmente preso – foi afastado do mandato pelo Supremo Tribunal Federal.
A cerca de três meses da eleição, nenhum deputado lançou seu nome como candidato oficialmente. Nos bastidores, porém, muitos já se articulam. Enquanto o Palácio do Planalto torce para que a base de apoio chegue ao consenso para que haja uma única candidatura, vários deputados aliados do presidente Michel Temer já se mostram dispostos a disputar a presidência da Câmara em 2017.
Na sexta-feira (04), o porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, chegou a convocar a imprensa para dizer que o governo não irá interferir na disputa nem apoiar algum nome. O objetivo é evitar um racha na base, o que poderia afetar as votações no plenário de projetos importantes para o governo. Temer já avisou a aliados, em conversas reservadas, que somente apoiará algum candidato se a base chegar a um consenso em torno de um único nome.
Apesar de o chamado Centrão, bloco informal que reúne partidos de centro-direita que apoiam o governo, não ter definido um candidato, o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), já se movimenta e divulgou, nesta semana, uma carta endereçada ao atual presidente da Câmara na qual mostra sua intenção de entrar na disputa.
Outro deputado do Centrão que pode entrar na disputa é o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), um dos principais aliados de Eduardo Cunha. O PSDB planeja lançar um nome. Entre os cotados estão o atual líder da bancada na Câmara, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), e o ex-líder Carlos Sampaio (PSDB-SP).
Principal partido de oposição, o PT ainda não definiu se terá um candidato no ano que vem. Segundo o líder da bancada, Afonso Florence (BA), embora considere “improvável”, ele não descarta que a sigla venha a apoiar algum nome da base. (AG)