Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 27 de fevereiro de 2016
A campanha do MPF (Ministério Público Federal) e de procuradores ligados à Operação Lava-Jato para tornar a corrupção um crime com punições mais severas, superou a meta em tempo recorde. Eles colheram mais de 1,5 milhão de assinaturas e agora vão apresentar, ao Congresso, um projeto de lei sugerindo reformas.
As assinaturas coletadas para o pacote de dez medidas contra a corrupção formam uma pilha de apoio popular. Em sete meses, a campanha do MPF conseguiu adesão de mais de 1,5 milhão de brasileiros.
Em uma solenidade em São Paulo, os procuradores receberam o material. A ideia é transformar o pacote contra a corrupção em projeto de lei de iniciativa popular, como foi a Lei da Ficha Limpa.
Entre as medidas previstas no pacote estão: tornar crime o enriquecimento ilícito de agentes públicos, responsabilizar os partidos políticos pelo crime de caixa dois, aumentar as penas e tornar crime hediondo a corrupção de altos valores e acelerar as ações de improbidade administrativa. Outra medida prevê confiscar parte do patrimônio do condenado que seja resultado de ganhos obtidos com a corrupção e que os procuradores chamam de lucro derivado do crime.
Os procuradores continuam pedindo apoio da população, pois acreditam que a batalha não vai ser fácil.