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Política Candidata a presidir a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Bia Kicis muda o tom e diz que não é radical

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Bia Kicis quer presidir a CCJ na Câmara.

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Bia Kicis: comissão presidida por deputada lidera em requerimentos. (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

Presente a quase todos os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília em 2020, a deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) disse nesta quarta-feira (3),  que “nunca” defendeu intervenção militar. No centro de uma disputa política provocada pela candidatura à presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ela mudou de postura. Agora afirma ter um perfil de “diálogo, pacificação e mediação”. A possibilidade de que ela assuma o colegiado, o mais importante da Casa, gerou críticas inclusive entre parlamentares.

Com a necessidade de convencer os pares de que não é radical, afirma que nunca concordou com o fechamento do Congresso ou do Supremo Tribunal Federal (STF), algumas das reivindicações das manifestações em que estava presente. Ela é investigada no inquérito das fake news e dos atos antidemocráticos. A deputada tem postura negacionista na pandemia e é crítica do uso de máscaras para proteção.

Segundo a deputada, seu nome acabou de ser aclamado por unanimidade dentro do PSL para a CCJ. “Fizemos uma reunião para ver se tinha um descontentamento, e eles (colegas de bancada) me aclamaram por unanimidade.” Kicis ainda garantiu de que sua indicação não teve oposição de Arthur Lira, novo presidente da Câmara.

“Eu falei com o presidente, e o que ele disse foi: está mantido o acordo. Eu tenho todos os motivos para acreditar que ele está falando a verdade.”

Sobre candidatura avulsa, Bia Kicis disse:

“Não existe isso de candidatura avulsa. Em comissão, é sempre o candidato da comissão. Mas, se tiver alguém querendo se lançar, rompendo com acordos, com a tradição, eu vou fazer o meu trabalho, de conversar com todos os líderes e mostrar que eu não sou nenhum bicho papão. Fico vendo as notícias, de que sou radical, isso e aquilo. Não sou nada disso, gente. Fui procuradora 24 anos, sou uma pessoa das leis, do diálogo, fui vice-presidente da CCJ durante um ano. Fui vice-líder do governo durante um ano e meio, sempre dialogando com todo mundo. Agora, não posso evitar o que falam de mim. Mas não corresponde à verdade. Quem trabalha comigo sabe que eu sou uma pessoa excelente de trabalhar, de diálogo, pacificação e mediação”, disse a deputada.

Sobre os protestos contra o Supremo e o Congresso, Bia diz que em todas as manifestações que fez tinham pautas muito definidas. “Você nunca me viu com um cartaz para fechar o Supremo. Até porque fui assessora do Supremo, fui procuradora, eu respeito o nosso sistema dos Poderes, tá? Só existe República se existirem três poderes”, complementa.

Sobre o artigo 142 da Constituição, que dava às Forças Armadas a prerrogativa de ser o Poder Moderador, inclusive invocando argumento de Ives Gandra, a deputada foi taxativa.

“Eu nunca defendi o artigo 142. Não defendi. Eu citei a tese do Ives Gandra. Mostrei que nenhum artigo na Constituição pode ser considerado um palavrão, foi isso que eu falei em plenário. Aí estão dizendo que eu defendo intervenção militar. Eu era agredida pelos intervencionistas porque eu nunca defendi intervenção militar. Eu era inimiga dos intervencionistas. Nunca um intervencionista votou em mim, porque eu era contra intervenção. Eu sou filha de militar. Eu sei que os militares não querem essa bomba. Eu falava para as pessoas: não adianta pedir, os militares não querem”.

Kicis disse ainda que vai conversar com todos os líderes, que, inclusive, já “conversou um pouco om o PT”. E que, para ela, se faz política incluindo, não o contrário. “Eu sou a favor da maioria, é a maioria que tem que decidir. Mas a minoria tem que ser respeitada e ouvida, tem que ter voz”, finaliza a deputada bolsonarista.

Deputados de várias legendas com assento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara articulam o lançamento da candidatura avulsa de Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) para presidir o colegiado. A ideia é fazer frente à indicação da deputada Bia Kicis (PSL-DF) para o posto, debatida como parte de um acordo entre os partidos na Câmara.

Bia é a atual vice-presidente da CCJ, e Andrada, o segundo-vice-presidente.

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