Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 29 de dezembro de 2019
Há 60 anos, o meteoro Jânio Quadros chegou a Porto Alegre em campanha para Presidência da República. Ganhou a eleição com 48,2 por cento dos votos, assumiu e renunciou seis meses e 25 dias depois.
Foto: ReproduçãoEsta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Alguns dos que concorrerão às prefeituras pretendem demonstrar que estão preparados para administrar a escassez. Outros acham que será perda de tempo. Acreditam e têm razão: por falta de informações e transparência, a maioria dos eleitores não acredita que exista crise financeira.
Perguntar não custa
Ao se completar um ano das gestões, surge um movimento em vários municípios do Estado. Não tem estatuto, nem diretores ou taxa mensal de contribuição. Resume-se em ouvir resposta à pergunta: “Sr. Prefeito, mostre a que veio.”
Alguns vão demorar muito. Outros se recusarão a descer do Monte Olimpo que, na mitologia grega, abrigava os poderosos em mansão de cristais.
Sem compromisso
A inércia de muitos gestores demonstra que a relação do poder público com os cidadãos é de descaso, desrespeito e, muitas vezes, de abuso.
Causa e efeito
As manifestações nas ruas, como em 2013, servem para lembrar a parlamentares e governantes que nada mais são do que funcionários públicos, eleitos para servir e não para se servirem. O que se espera é que trabalhem pelo bem comum sem o grito das ruas para empurrá-los.
Fica comprovado
O Congresso Nacional, nos dois últimos anos, aprovou reformas que estavam paradas há décadas nas gavetas. Se não foram votadas antes, há motivo claro: os governos não demonstraram empenho.
Há 60 anos
Na noite de 29 de dezembro de 1959, Jânio Quadros, candidato à Presidência da República, chegou a Porto Alegre. Estava sendo aguardado por quase 2 mil apoiadores, entre os quais Peracchi Barcelos, coordenador da campanha no Estado, o senador Daniel Krieger, o deputado federal Fernando Ferarri e os deputados estaduais Victor Graeff e Cândido Norberto. No Aeroporto Salgado Filho, deu entrevista, conclamando os gaúchos “a marcharem com os brasileiros de outros estados para a redenção da Pátria.”
Em busca de votos
Um repórter pediu a Jânio que definisse o povo gaúcho. “É libertário, inconformado e insubmisso”, disse. Logo depois, caravana de 400 automóveis, muitos levando vassouras, símbolo de sua campanha, seguiu para o Hotel Plaza, onde se hospedou. Na manhã seguinte, começou o roteiro de visitas.
O que falta
Na Europa e Estados Unidos, identifica-se a cidade que é centro universitário à primeira vista: há grande quantidade de livrarias para todos os ramos do saber. Porto Alegre está longe disso.
Perderam a noção
Gramado, grande garantidora de impostos para o caixa do Estado, enfrenta a falta d’água. A Corsan alega que é consequência de obras em andamento. Conclusão: o governo quer matar a galinha dos ovos de ouro.
Ataques aos consumidores
A cada 30 segundos, um consumidor no país é vítima da tentativa de fraude conhecida como roubo de identidade. O golpe consiste em utilizar os dados particulares para obter crédito e fechar negócios, deixando a dívida para o titular dos documentos. A Internet, que facilita e trouxe muitas vantagens, é apontada como o grande vilão desse tipo de ação criminosa.
O Congresso Nacional prestaria um serviço se tornasse as punições mais rigorosas do que as aplicadas hoje.
Quando passa do limite
Henry Thoreau viveu entre 1817 e 1862, tendo entrado na história dos Estados Unidos como o primeiro ativista anti-impostos. Filósofo e jornalista é lembrado no Brasil toda a vez que gestões públicas navegam entre dúvidas e dívidas, buscando a saída somente no aumento de tributos. Uma de suas frases famosas: “O governo é uma conveniência que, depois de certo ponto, torna-se inconveniente.”
Excesso
O que distingue o burocrata é que ele pode determinar o que os outros devem fazer.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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