Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de setembro de 2017
Os artistas e o público que prestigiaram o quarto dia de Rock in Rio, nesta quinta-feira (21), protestaram contra a “cura gay”. No dia do show de roqueiros como os do Aerosmith e Fall Out Boy como atrações principais, as bandeiras coloridas em protesto contra a decisão do Juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, que libera psicólogos para tratar homossexualidade como doença, chamam atenção.
Diante dos fãs, Ana Cañas, que abriu o Palco Sunset, também se mobilizou e empunhou sua bandeira de arco-íris. “O amor é a cura. O amor é livre. Trate sua ignorância. Trate seu preconceito”, protestou a artista, aplaudida pelo público.
No palco, o cantor Hyldon, que participou do show com Ana Canãs, também vestia uma camisa colorida. Juntos, os músicos posaram com a bandeira pendurada no microfone.
Na plateia, os irmãos Monique Taiá e Renan Araújo, de 23 e 18 anos, também aproveitaram o festival de música para levantar sua bandeira. Os dois são gays e se surpreenderam com a decisão do juiz Cláudio de Carvalho.
“Fiquei chocada com a notícia. Do que a gente mais precisa é do amor. E ele não pode ser chamado de doença”, disse a estudante de Cinema.
O sul-matogrossense Vinicius Oliveira, de 32 anos, explica porque escolheu o Rock in Rio para protestar. “Aqui há uma grande visibilidade. Tivemos a apresentação de Liniker e Johnny Hooker, da Pabllo Vittar. É muito importante a gente dar imporântia ao que é relevante. Nosso País mata alguém do grupo LGBT a cada 25 horas. Determinar o tratamento da homossexualidade como foi feito é priorizar o que não é necessário. O que é fundamental é evitar essa violência que gays, lésbicas, travestis e trans passam diariamente. Essa prevenção é que não existe. Quem está por trás dessa decisão é um grupo fundamentalista que dita muitas decisões no País.”