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Política Carlos Bolsonaro diz que post foi “indignação generalizada” e nega ofensa ao diretor da Polícia Federal

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Filho do ex-presidente foi intimado para esclarecer publicação feita em agosto de 2023. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

O vereador Carlos Bolsonaro afirmou, em depoimento nessa terça-feira (30), ter feito uma postagem com críticas ao comando da Polícia Federal (PF) em uma publicação nas redes sociais como “forma de indignação generalizada”. Aos investigadores, no entanto, ele negou ter direcionado os comentários a alguma autoridade nem tido o intuito de ofender a honra ou a dignidade do diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues.

À PF, Carlos Bolsonaro disse que apenas quis externar sua indignação quanto aos fatos postados por outra pessoa. A publicação, feita em 27 de agosto do ano passado no X, antigo Twitter, traz um texto sobre uma imagem repostada com alusão ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) morto e com as frases “zero busca e apreensão, zero inquérito, zero perfis bloqueados, zero reportagem em repúdio, pessoas presas: zero”.

No post, Carlos escreve: “O seu guarda diretor aqui enxerga com outros olhos”.

Carlos também deve prestar depoimento sobre outro caso envolvendo um suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Na segunda-feira (29), o vereador do Rio de Janeiro foi alvo de uma operação realizada pela PF para apurar se ele recebia informações sigilosas de adversários políticos do ex-presidente.

Endereços ligados a Carlos foram alvo da ação policial, que cumpriu buscas e apreensões no gabinete do vereador na Câmara Municipal do Rio. A PF também realizou diligências em um endereço em Angra dos Reis (RJ), onde Carlos estava na companhia do pai e seus irmãos, e em um escritório em Bento Ribeiro, zona Norte do Rio.

A corporação apreendeu o telefone do vereador e mais três computadores que estavam na casa da família na cidade da Costa Verde fluminense. De acordo com as investigações, o vereador é suspeito de receber informações da Abin por meio do deputado Alexandre Ramagem (PL), diretor da agência à época. Ramagem também é investigado e foi alvo de busca e apreensão na última quinta-feira.

Negativa

A defesa de Ramagem afirmou que aguarda os desdobramentos da investigação. Na semana passada, ele afirmou que nunca teve acesso às senhas de sistemas de monitoramento para espionar autoridades públicas e cidadãos comuns.

“Nós da direção da Polícia Federal, policiais federais que estavam comigo, nunca tivemos a utilização, execução, gestão ou senha desses sistemas”, disse Ramagem à Globonews.

A defesa do vereador sustenta que Carlos nunca teve ligação com a Abin e afirmar que o suposto acesso a informações sigilosas não passa de uma “narrativa criada e que não é a realidade”.

Os advogados de Bolsonaro, que não foi alvo das buscas realizadas ontem, afirmaram que a PF atuou com “excesso, ao passo que foram apreendidos objetos pessoais de cidadãos diversos do vereador Carlos Bolsonaro, apenas pelo fato de estarem no endereço em que a busca foi realizada”.

Em nota divulgada na semana passada, a Abin disse que “é a maior interessada” na apuração dos fatos e que continuará a colaborar com as investigações. “Há 10 meses a atual gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) vem colaborando com inquéritos da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal sobre eventuais irregularidades cometidas no período de uso de ferramenta de geolocalização, de 2019 a 2021. A Abin é a maior interessada na apuração rigorosa dos fatos e continuará colaborando com as investigações”, disse o órgão.

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