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Política Chefe da Abin de Lula teve reunião fora da agenda com o ex-chefe Alexandre Ramagem. Encontro foi protocolar, mas não foi registrado

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Órgão diz que reunião foi protocolar, mas não explica o motivo pelo qual não consta na agenda pública de Luiz Fernando Corrêa. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, teve uma reunião em junho do ano passado com o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), investigado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de integrar uma organização criminosa que realizava o monitoramento ilegal de pessoas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na época dos fatos investigados, entre 2019 e 2021, Ramagem chefiava a Abin.

A reunião é confirmada pela agência, que alega que o encontro não foi secreto, apesar de não constar na agenda do diretor-geral. Na agenda pública de Corrêa, consta apenas que ele faria “despachos internos” no dia 16 de junho, data em que ele se reuniu com Ramagem, e não há qualquer referência ao deputado.

Conforme a Abin, a reunião foi solicitada por Ramagem, e foi marcada pelo fato de o deputado integrar a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso Nacional, grupo responsável pelo controle externo da agência. “A visita foi protocolar”, alegou a agência.

A agência diz, ainda, que a reunião estava na agenda interna do diretor. O encontro fora da agenda foi divulgado pelo portal Metrópoles no ano passado.

Na semana passada, Ramagem foi alvo de busca e apreensão no âmbito de uma investigação da Polícia Federal que apura o monitoramento ilegal feito por um estrutura paralela dentro da Abin no governo do ex-presidente Bolsonaro. Segundo a PF, o ex-diretor da agência integrava uma organização criminosa que atuava “com intuito de monitorar ilegalmente pessoas e autoridades públicas”. O grupo buscou, ainda, informações sobre investigações que atingiam filhos do ex-presidente.

Na última segunda-feira (29), o principal alvo de uma nova operação da PF foi o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), um dos filhos de Bolsonaro. A PF suspeita que ele integrava o núcleo político da organização criminosa instalada na Abin.

Uma das ferramentas utilizadas pelo grupo para espionar seus alvos ilegalmente era o First Mile, programa que permitia monitorar a localização de pessoas por meio de dados de celular. O uso do programa secreto foi revelado pelo jornal O Globo em março do ano passado. Após a publicação, a PF abriu um inquérito e identificou que a ferramenta foi utilizada para monitorar políticos, jornalistas, advogados e adversários do governo.

Em nota divulgada na semana passada, a Abin disse que “é a maior interessada” na apuração dos fatos e que continuará a colaborar com as investigações. “Há 10 meses a atual gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) vem colaborando com inquéritos da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal sobre eventuais irregularidades cometidas no período de uso de ferramenta de geolocalização, de 2019 a 2021. A Abin é a maior interessada na apuração rigorosa dos fatos e continuará colaborando com as investigações”, disse o órgão.

Ramagem disse, também na semana passada, que nunca teve acesso às senhas de sistemas de monitoramento para espionar autoridades públicas e cidadãos comuns.

“Nós da direção da Polícia Federal, policiais federais que estavam comigo, nunca tivemos a utilização, execução, gestão ou senha desses sistemas”, disse Ramagem.

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