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Porto Alegre Caso Andrei: ex-policial é condenado por estupro, morte e simulação do suicídio de sobrinho em Porto Alegre

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Familiares comemoraram o desfecho do caso no tribunal. (Foto: Divulgação/MPRS)

Após dois dias de julgamento em Porto Alegre, um homem foi sentenciado nessa terça-feira (28) a 46 anos de prisão pelo estupro de vulnerável, morte e simulação de suicídio do próprio sobrinho adolescente. O crime foi cometido no final de 2016 no apartamento onde o garoto morava com a família, no bairro Tristeza (Zona Sul), mas a investigação acabou reaberta pouco mais de três anos depois, por insistência da mãe da vítima.

O júri concordou com a acusação dos promotores, que apontaram homicídio duplamente qualificado pelos agravantes de recurso que dificultou a defesa da vítima e tentativa de ocultar segundo crime (o abuso sexual). Andrei Ronaldo Goulart Gonçalves, 12 anos, teve o corpo encontrado no apartamento da família e com um tiro na cabeça.

No processo consta como responsável pelo assassinato um oficial da reserva da Polícia Militar que é tio materno e padrinho do garoto. Ele sempre negou envolvimento e respondeu ao processo em liberdade. Seu depoimento ao tribunal se deu através de videoconferência, pelo fato de morar atualmente no Rio de Janeiro, onde foi preso imediatamente assim que anunciado o veredito. A defesa já informou que recorrerá da condenação.

A acusação foi conduzida pelos promotores de Justiça Lúcia Helena Callegari, que atuou no processo desde o início, e Eugênio Paes Amorim, designado pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) da instituição. Diversos familiares acompanharam presencialmente a sessão, usando camisetas estampadas com a foto do menino – que hoje seria um  jovem de 21 anos se não tivesse morrido.

Relembre

A argumentação da promotora Lúcia responsável pelo caso teve por base o fato de que o policial aposentado teria abusado sexualmente de Andrei, durante um período como hóspede da irmã, pois já residia no Rio de Janeiro. Para encobrir o crime, na noite de 30 de novembro de 2026 efetuou um tiro fatal de pistola na testa do garoto enquanto ele dormia em seu quarto e depois manipulou a cena para parece que vítima havia disparado contra própria cabeça.

O incidente – tratado inicialmente como suicídio e depois como acidente com arma-de-fogo – voltou a ser alvo de investigação quase quatro anos depois, quando a mãe de Andrei e outros familiares convenceram a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) sobre a existência de novas provas. A denúncia foi posteriormente aceita pela Justiça gaúcha, tornando réu o tio da vítima em 16 de janeiro de 2020.

Dentre os diversos aspectos que chamaram a atenção dos familiares a respeito da circunstância do suposto suicídio estava um bilhete de despedida atribuído ao menino, dizendo “Mãe, eu te amo. Me enterre com a camisa do Grêmio”. O problema é que a letra e a assinatura não batiam com a caligrafia conhecida por eles.

(Marcello Campos)

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