Quinta-feira, 27 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de junho de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A longa fila que se formou ontem no Centro de Porto Alegre com pretendentes a empregos lembrou foto de Nova Iorque em 1929. A crise há 87 anos deixou norte-americanos na rua da amargura.
O crescimento negativo do Brasil dois anos seguidos é assusta. Criou-se um círculo vicioso envolvendo queda da produção, inflação, juros, déficit fiscal, tamanho da dívida e recessão. A conta amarga acaba sendo posta na mesa da população.
SEM RODEIOS
O secretário da Educação, Vieira da Cunha, fugiu do tradicional “porém, todavia, contudo”. No encontro com representantes do magistério, ontem, fez o que outros adiam: declarou não haver dinheiro para atender as reivindicações.
HÁ 37 ANOS
A primeira paralisação do magistério no Estado ocorreu em 1979 e se prolongou por 13 dias. A mais longa ocorreu em 1987: foram 96 dias. Em 1991, atingiu 74 dias. Nas 15 greves, foram 521 dias sem aulas. Na maioria das vezes, houve concessões salariais. Agora, nem promessas.
PODER DE ATRAÇÃO
Na reunião do diretório nacional, o PDT decidiu que não aceitará cargos nem que o presidente Michel Temer ultrapasse o período de interinidade. Como sempre, se chegarem convites, será difícil conter.
QUEM É A FIGURA
O gravador é o instrumento mais decisivo da Política, capaz de demitir ministros. O autor da façanha é Sergio Machado, que ia visitar seus amigos em casa, às sete horas da manhã, com um gravador escondido e os atraia para armadilhas. Fez isso com Roméro Jucá, Renan Calheiros e José Sarney. Os três que garantiram seu emprego na Petrobrás durante 12 anos.
PARA PREVENIR
Projetos protocolados pelos deputados Vinicius Ribeiro, Jorge Pozzobom, Ciro Simoni e Pedro Pereira tratam da garantia da vacinação contra a gripe. Serão unificados para não prolongar a tramitação e a votação.
EMBATE INTERNO
“Se quem defender as eleições diretas é subversivo, como pretende o ministro da Justiça, Juraci Magalhães, então eu também sou subversivo”. A declaração surpreendente foi feita a 1º de junho de 1966, pelo ministro do Superior Tribunal Militar, general Mourão Filho, que tinha iniciado o movimento armado para derrubar o presidente João Goulart. A oposição não deu sinais de que iria se intimidar com as ameaças do governo e também prosseguiu a luta pelas eleições diretas.
RÁPIDAS
* O deputado Catarina Paladini fez ontem o último pronunciamento na tribuna da Assembleia. Assumirá a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social.
* Cabo eleitoral agora se chama militância terceirizada. Interpretam isso como modernidade.
* Para muitos candidatos, a campanha se resume ao ego nas alturas.
* De uns tempos para cá, após cada eleição a frase mais repetida é “ao vencedor, a crise”.
* Pesquisa da Organização Mundial da Saúde: para cada dólar recolhido de imposto com a venda de cigarros, os governos gastam dois no tratamento das vítimas.
* Dor de cabeça para os dois lados: planos de saúde perderam 1 milhão e 300 mil clientes com elevação dos preços.
* Deu no jornal: “Cinco roubos a cada hora na capital federal.” Sem incluir os cometidos contra cofres públicos.
* Nos próximos dias, derradeiros capítulos da novela “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”, estrelada por Eduardo Cunha.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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