Segunda-feira, 06 de maio de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Cultura O centenário da Revolução tem comemorações modestas na Rússia

Compartilhe esta notícia:

Apoiadores do Partido Comunista marcham em Moscou. (Foto: Reprodução)

A Rússia comemorou, nesta terça-feira (7), sem grandes pompas, os 100 anos da Revolução bolchevique de outubro, grande marco político do século 20, com o Kremlin temendo uma glorificação da mudança de regime pela força. Enquanto o aniversário da Revolução foi celebrado com suntuosidade no período soviético, com um grande desfile no Praça Vermelha a cada 7 de novembro – correspondente ao 25 de outubro do calendário juliano em vigor em 1917 -, o programa oficial de agora teve, muito modestamente, exposições e colóquios de especialistas.

O desfile militar realizado nesta terça na Praça Vermelha, por exemplo, foi uma celebração ao histórico desfile militar de 1941, realizada em pleno cerco das tropas nazistas, durante a Segunda Guerra.

Para as autoridades, os poucos eventos previstos para o grande público são uma ocasião de destacar a importância da unidade nacional e da reconciliação, evitando, sobretudo, os temas sensíveis. “Por que deveríamos celebrar um evento desse tipo?”, disse à imprensa em outubro o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

O Partido Comunista, que continua sendo a maior força de oposição no Parlamento russo, fez uma concentração perto de uma estátua de Karl Marx, não muito distante do Kremlin.

Já o movimento de esquerda nacionalista Outra Rússia, liderado pelo escritor Eduard Limonov, também fez uma manifestação autorizada pelas autoridades. Na segunda-feira, cerca de 20 de seus simpatizantes foram detidos em São Petersburgo.

Fim das divisões

Até o momento, o presidente Vladimir Putin evitou participar da maior parte dos eventos organizados para celebrar o centenário, incluindo um show de luzes em 3D projetado, neste fim de semana, sobre a fachada do Palácio de Inverno de sua cidade natal, São Petersburgo.

Um dos poucos eventos relacionados à data dos quais ele participou foi a inauguração de uma nova igreja em Moscou. Segundo Putin, tratou-se de algo “profundamente simbólico”, na medida em que a chegada dos revolucionários ao poder em 1917 implicou a destruição do clero e a perseguição dos fiéis.

No final de outubro, Putin inaugurou um memorial em homenagem às vítimas da repressão política, afirmando que deseja “deixar para trás” as divisões do passado. A Revolução “é uma parte integral e complexa da nossa história”, que tem de “ser tratada objetivamente e com respeito”, declarou Putin em novembro.

Desde sua chegada ao poder, o presidente se esforçou para reconciliar a sociedade e a memória nacional. Para ele, não é conveniente se decantar entre a Rússia czarista, que se destaca por sua estabilidade e seus valores tradicionais, e a Rússia soviética.

O comitê criado para a comemoração reflete a prudência de Putin. Embora tenha incluído personalidades independentes e críticas do poder, ministros e autoridades da Igreja Ortodoxa, não há qualquer membro do Partido Comunista, tampouco qualquer ativista a favor da monarquia.

Para o Kremlin, as comemorações da Revolução devem servir para “tirar lições do passado”. Essas lições, acrescenta o governo, são claras: trata-se de prevenir qualquer contestação mínima ao poder vinda das ruas, ainda mais a poucos meses da eleição presidencial de março de 2018. Ninguém tem dúvida de que Putin se apresentará para um quarto mandato.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Cultura

Preço de colar de pérolas em leilão pode chegar a 25 milhões de reais
A onda de acusações de assédio sexual chegou ao Congresso dos Estados Unidos
https://www.osul.com.br/centenario-da-revolucao-tem-comemoracoes-modestas-na-russia/ O centenário da Revolução tem comemorações modestas na Rússia 2017-11-07
Deixe seu comentário
Pode te interessar