“É um convênio com o Ministério das Relações Exteriores, os governos de Cuba e da Cidade do México e o Insabi (Instituto de Saúde para o Bem-Estar)”, explicou outra fonte da Secretaria de Saúde da capital, que também pediu anonimato.

Nenhuma das entidades que supostamente firmaram o acordo quis dar detalhes. O governo de Cuba enviou à Reuters um mapa-múndi onde aparecem 23 países nos quais mobilizou suas brigadas médicas para combater a pandemia, incluindo o México.

Dias atrás, a prefeita da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, aliada do presidente de esquerda do país, Andrés Manuel López Obrador, garantiu que o acordo é parte de uma parceria mais ampla e de longa data, mas não disse se o contingente, ou parte dele, estava no México antes do início da epidemia.

“Nós temos um convênio de colaboração de saúde com Cuba faz tempo. Agora, para cuidar da pandemia, vários médicos e enfermeiras cubanos estão em vários hospitais da cidade”, disse ela na semana passada, depois de admitir que existe um déficit de especialistas em cuidados intensivos.

Não se conhecem muitos detalhes das condições dos acordos de cada país com Cuba, mas em um dos mais comentados — que Havana manteve com o Brasil até o final de 2018 — Cuba cobrava cerca de U$S 4.300 mensais (cerca de R$ 24.500) por cada um de seus 8.332 médicos. Deste montante, o governo ficava com 80%, segundo profissionais de saúde brasileiros.