Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 31 de março de 2016
O chefe da Força Nacional de Segurança, coronel Adilson Moreira, pediu demissão do cargo alegando que estava passando por um “conflito ético” por trabalhar para um governo que, segundo ele, é comandado por um “grupo sem escrúpulos, incluindo aí a presidente da República”. A sua exoneração foi publicada nesta quinta-feira (31) no Diário Oficial da União.
Ao pedir para sair, o coronel enviou um e-mail aos seus subordinados criticando o governo federal. “Minha família exigiu minha saída, pois não precisa ser muito inteligente para saber que estamos sendo conduzidos por um grupo sem escrúpulos, incluindo aí a presidente da República. Me sinto cada vez mais envergonhado. O que antes eram rumores, se concretizaram”, diz o texto do coronel. No e-mail, ele explica que pediu para ser destituído do cargo em, no máximo, 15 dias, em 21 de março.
A Força Nacional é um órgão ligado ao Ministério da Justiça. A pasta afirmou, por meio de nota, que considerou “graves” as declarações feitas pelo coronel e que, como elas “podem implicar falta disciplinar e gesto de deslealdade administrativa”, vai instaurar inquérito administrativo e levar o caso à Comissão de Ética Pública da Presidência da República, uma vez que Moreira mencionou o nome de Dilma.