Sábado, 20 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Chefe do FMI apela por colaboração internacional para acelerar a distribuição de vacinas contra o coronavírus

Compartilhe esta notícia:

Kristalina Georgieva, diz que o risco é que a maioria dos países em desenvolvimento definhe nos próximos anos se não houver uma ampla imunização. (Foto: Reprodução)

O G20 deve tomar medidas fortes para reverter uma “divergência perigosa” que ameaça deixar a maioria das economias em desenvolvimento definhando por anos, disse a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) em um blog nessa quarta-feira (24).

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, afirmou que “uma colaboração internacional muito mais forte” é necessária para acelerar a distribuição de vacinas contra a covid-19 nos países mais pobres, incluindo financiamento adicional para ajudá-los a comprar doses e realocar o excedente de vacinas de alguns mercados para outros com déficit.

O FMI projetou recentemente que a economia global vai crescer 5,5% neste ano e 4,2% em 2022, mas Georgieva alertou que as perspectivas permanecem incertas, citando preocupações sobre as mutações do coronavírus e distribuição lenta de vacinas na maior parte do mundo.

“Será uma ascensão longa e incerta”, escreveu ela em um blog que acompanha o relatório de supervisão do FMI preparado para a reunião desta sexta-feira (26) entre autoridades de finanças do G20, instando-os a tomar medidas para evitar o que ela chamou de “Grande Divergência”.

“Há um grande risco de que, à medida que as economias avançadas e alguns mercados emergentes se recuperem mais rapidamente, a maioria dos países em desenvolvimento definhem nos próximos anos”, disse ela. “Se quisermos reverter essa divergência perigosa entre os países e dentro deles, precisamos tomar medidas fortes agora.”

No final de 2022, o FMI estima que a renda per capita cumulativa ficará 22% abaixo das projeções pré-crise nos países emergentes e em desenvolvimento, exceto a China, em comparação com 13% nas economias avançadas e 18% nos países de baixa renda.

O FMI também está vendo um distanciamento acelerado dentro dos próprios países, com a perda de empregos atingindo jovens, pouco qualificados, mulheres e trabalhadores informais de maneira desproporcional, enquanto milhões de crianças enfrentam interrupções na educação.

Acabar com a pandemia mais rapidamente acrescentaria US$ 9 trilhões à economia global até 2025, com cerca de US$ 4 trilhões indo para as economias avançadas, superando “de longe” qualquer custo relacionado à vacina, disse ela.

Além de iniciativas para acelerar as vacinações, Georgieva disse que a capacidade de produção dos imunizantes deve ser significativamente ampliada para 2022 e além, e os formuladores de política devem considerar oferecer garantias aos fabricantes de vacinas contra riscos de superprodução.

Ela pediu apoio fiscal continuado e direcionado por parte dos governos do G20 para apoiar as economias e disse que os bancos centrais devem manter políticas monetárias e financeiras acomodatícias para sustentar o fluxo de crédito para famílias e empresas.

Mas ela alertou que o apoio continuado à política monetária havia levantado “preocupações legítimas sobre consequências não intencionais, incluindo excessiva tomada de risco e exuberância do mercado”.

Os países do G20 também devem aumentar o suporte a nações vulneráveis ​​por meio de financiamento adicional com condições facilitadas, ao mesmo tempo que alavancam o financiamento privado por meio de instrumentos mais fortes de compartilhamento de risco e continuam a trabalhar no alívio da dívida, disse Georgieva.

Ela afirmou que uma nova alocação da moeda do FMI — os chamados Direitos Especiais de Saque (SDRs, na sigla em inglês) — aumentaria substancialmente a liquidez dos países sem elevar o peso da dívida. Também iria expandir a capacidade de nações doadoras de fornecer novos recursos.

A Itália, que preside o G20 neste ano, está pressionando por uma alocação de 500 bilhões de dólares, um movimento apoiado por França, Alemanha e outros grandes países.

Os Estados Unidos se opuseram a tal movimento no governo do ex-presidente Donald Trump, mas ainda não comunicaram uma posição firme sobre uma nova alocação de SDRs sob o governo do presidente Joe Biden.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Israel doa doses a aliados e acirra o debate sobre a diplomacia da vacina
Novo ônibus limpa o ar enquanto viaja pela cidade
https://www.osul.com.br/chefe-do-fmi-apela-por-colaboracao-internacional-para-acelerar-a-distribuicao-de-vacinas-contra-o-coronavirus/ Chefe do FMI apela por colaboração internacional para acelerar a distribuição de vacinas contra o coronavírus 2021-02-24
Deixe seu comentário
Pode te interessar