Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 4 de novembro de 2019
O Chile vive um momento crítico e, apesar de a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) bancar a final da Libertadores em Santiago, nada indica que a situação no país irá melhorar. Isso porque um protesto está sendo convocado nas redes sociais para usar a final da Libertadores, disputada entre Flamengo e River Plate, no dia 23 de novembro, como plataforma de visibilidade para os protestos.
Segundo a emissora ‘TNT Sports’, da Argentina, a hashtag #NoHayCopa está sendo usada para convidar os manifestantes a cercarem o estádio Nacional de Santiago, palco da decisão, e impedirem a chegada dos ônibus das delegações. A imagem que viralizou nas redes menciona torcidas importantes chilenas, como a “La Garra Blanca” (Colo Colo) e “Los Cruzados” (Universidad Católica), como participantes do protesto.
“Me preocupa. Pergunto aos meus companheiros sobre a situação a todo momento. Afinal é uma situação muito preocupante. Mas não falo apenas da gente. Falo também pelo povo chileno, que atravessa uma situação complicada”, disse Gallardo.
No último dia 30 de outubro, A Ministra do Esporte do Chile, Cecilia Perez, informou que a final da Libertadores está mantida em Santiago, apesar de a Conmebol já avaliar uma opção em razão dos protestos no país.
“Ratifiquei a nossa firme vontade de realizar a final da Copa Libertadores. Para isso o Ministério do Interior está em conversas com a Conmebol. Uma partida como essa faz bem ao país. Queremos levar esse encontro esportivo adiante”, afirmou a ministra.
Reunião
A Conmebol anunciou pelas suas redes sociais que convocou os presidente de Flamengo, River Plate, CBF, AFA (Associação de Futebol Argentino) e ANFP (Asociación Nacional de Fútbol Profesional do Chile) para uma reunião na próxima terça-feira, em sua sede, em Luque, no Paraguai. Na pauta, a “revisão de todos os aspectos da organização” da final única da Copa Libertadores.
A expectativa é que seja anunciada uma nova posição sobre a realização ou não da decisão na sede escolhida. Por causa da crise no Chile, com protestos há três semanas, o presidente Sebastián Piñera cancelou na manhã da quinta-feira (31) passada dois eventos importantes com chefes de Estado no país, entre fim de novembro e início de dezembro. A Conmebol, então, passou a cogitar um plano B.