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Mundo China condena a quatro anos de prisão jornalista que cobriu a pandemia de coronavírus em Wuhan

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Acusada de "provocar distúrbios", Zhang Zhan foi detida em maio

Foto: Divulgação
Acusada de "provocar distúrbios", Zhang Zhan foi detida em maio. (Foto: Divulgação)

Uma jornalista que cobriu a pandemia de coronavírus em Wuhan foi condenada nesta segunda-feira (28) a quatro anos de prisão por divulgar nas redes sociais a situação dos hospitais na cidade, que foi o epicentro da pandemia de Covid-19 na China.

Zhang “parecia muito abatida quando a sentença foi anunciada”, declarou um de seus advogados, Ren Quanniu, que expressou “muita preocupação” com o estado psicológico da cliente, de acordo com informações da agência France-Presse.

Os jornalistas e diplomatas estrangeiros que compareceram ao tribunal de Xangai em que a mulher de 37 anos foi julgada foram impedidos de entrar na sala de audiências. Alguns simpatizantes de Zhang foram afastados pelas forças de segurança. Ela poderia ser condenada a até cinco anos de prisão.

Natural de Xangai, Zhang viajou em fevereiro a Wuhan – cidade que, na época, era o epicentro da epidemia – e divulgou reportagens nas redes sociais, a maioria delas sobre a caótica situação nos hospitais.

A resposta inicial da China à doença foi muito criticada. O governo só decretou a quarentena em Wuhan e sua região em 23 de janeiro, apesar da detecção de casos desde o início de dezembro de 2019.

Há praticamente um ano, em 31 de dezembro de 2019, o primeiro caso de coronavírus foi comunicado à OMS (Organização Mundial da Saúde). Porém, ao mesmo tempo, os médicos que mencionaram o surgimento de um misterioso vírus foram interrogados pela polícia e acusados de “propagar boatos”. Um deles, Li Wenliang, morreu vítima da Covid-19 no início de fevereiro, o que provocou indignação nas redes sociais.

Zhang foi detida em maio e acusada de “provocar distúrbios”, uma terminologia frequentemente utilizada contra os opositores do regime do presidente Xi Jinping. O tribunal a acusou de ter divulgado informações falsas na internet, informou outro advogado de defesa.

Zhang iniciou uma greve de fome em junho para protestar contra a sua detenção, mas foi alimentada à força por uma sonda, segundo os advogados. “Quando a vi na semana passada, ela afirmou: ‘Se receber uma sentença pesada, vou recusar qualquer alimento até o fim’. Ela acredita que vai morrer na prisão”, explicou um dos defensores da jornalista.

Nos textos que divulgava na internet, Zhang também denunciou o confinamento imposto em Wuhan e mencionou uma “grave violação dos direitos humanos”.

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