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Por Redação O Sul | 5 de outubro de 2016
Cientistas anunciaram na manhã desta quarta-feira (5), no Museu de Ciências da Terra, no Rio de Janeiro (RJ), a descoberta do que disseram ser o maior dinossauro já encontrado no Brasil, com 25 metros de comprimento. O público poderá ver a partir desta quinta-feira (6) a reconstrução do braço do dinossauro em tamanho natural no museu.
Fósseis do dinossauro batizado de Austroposeidon magnificus foram encontrados em Presidente Prudente (SP), ainda na década de 1950, pelo paleontólogo Llewellyn Ivor Price (1905-1980) e depois reencaminhados para o museu onde foi foram estudados por todo este tempo. A conclusão foi feita depois de analisarem os fósseis encontrados: vértebras do pescoço, da coluna vertebral e do braço.
Com base nas características anatômicas, o Austroposeidon magnificus pode ser classificado no grupo dos titanossauros: herbívoros de corpo bem desenvolvido, pescoço e cauda longos, e um crânio comparativamente pequeno. Os titanossauros tiveram bastante sucesso durante o período Cretáceo.
Parte do material da nova espécie foi analisada com auxílio de um tomógrafo, visando acessar a parte interna dos ossos. Esse estudo revelou a presença de características completamente novas para os titanossauros, tais como anéis de crescimento intercalados com um tecido ósseo mais denso, cujo significado ainda não é bem compreendido.
A descoberta de Austroposeidon não apenas contribui com novas informações anatômicas e evolutivas para os dinossauros, mas também mostra que espécies gigantes também habitavam a região onde hoje é o Brasil, há milhões de anos.