Terça-feira, 10 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2016
Cientistas indianos e norte-americanos dizem ter desenvolvido um novo preservativo que, além de evitar o contágio pelo HIV, aumenta o prazer sexual. A nova camisinha, de acordo com os pesquisadores, fará com que as pessoas queiram usar a proteção – em vez de simplesmente adotá-la por razões de segurança de saúde ou para evitar gravidez.
O preservativo foi desenvolvido por uma equipe de pesquisadores do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e financiado pela Fundação Bill Gates. Mahua Choudhury, pesquisadora do centro, disse que a ideia era criar um produto que protege o usuário e também ajuda a aumentar o prazer.
A nova camisinha tem uma substância gelatinosa reforçada com antioxidantes que atacam o vírus HIV caso ocorra um rompimento do preservativo, disse Choudhury. Mas esses antioxidantes “também estimulam as terminações nervosas e, por isso, geram maior prazer sexual”, acrescentou a cientista.
Entre os jovens de 15 a 24 anos, o uso de preservativos varia entre 80% em alguns países da América Latina até 30% em países a África Ocidental. Crenças populares e fatores culturais têm um papel importante no uso da camisinha.
Segundo Choudhury, o projeto do novo preservativo visa justamente criar um produto que faça com que mais pessoas se sintam motivadas a usar a camisinha. “Isso faria com que as pessoas comprassem um produto que as protege, mas também torna a relação sexual mais satisfatória”, disse.
O mais interessante, de acordo com a pesquisadora, é que não há nada parecido no mercado que ajude a prevenir de forma tão eficaz o HIV. O novo preservativo é resultado de uma iniciativa da Fundação Bill Gates. Há dois anos, Gates e sua esposa, Melinda, colocaram à disposição de empreendedores fundos de até 100 mil dólares para desenvolver uma “nova geração” de camisinhas mais finas e eficazes. O centro de pesquisas da Universidade do Texas foi um dos beneficiados.
Choudhury disse que, até o momento, o preservativo ainda é um protótipo, mas já existe muito interesse. Ela acredita que o produto estará disponível no mercado dentro de um ano. (Folhapress)