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Mundo Cientistas manifestam preocupação com o resultado do teste da vacina da Rússia contra o coronavírus

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Imunizante será testado em quatro fases. São esperados 2 mil candidatos em Porto Alegre. (Foto: Divulgação)

Em uma carta aberta, 37 cientistas de universidades em 12 países manifestaram “preocupação” com os resultados dos primeiros testes da vacina “Sputnik V”, produzida pelo Instituto Gamaleya, na Rússia, contra a Covid-19. O fundo estatal russo que coordena a produção da vacina nega haver problemas nos dados.

A manifestação dos cientistas foi publicada no blog de um deles em 7 de setembro e reportada pela revista científica “Nature”. Os cientistas dizem que pode haver resultados duplicados nos ensaios da vacina, e pedem que os dados numéricos de todos os experimentos e os arquivos originais das análises feitas sejam divulgados, para que outros cientistas possam examiná-los.

“Embora a pesquisa descrita neste estudo seja potencialmente significativa, a apresentação dos dados levanta várias questões que requerem acesso aos dados originais para uma investigação completa”, afirma o texto no blog, que pertence ao biólogo italiano Enrico Bucci, professor adjunto da Universidade Temple, no estado americano da Pensilvânia.

Os dados dos ensaios foram publicados no dia 4 na revista “The Lancet”, uma das mais importantes do mundo, quase um mês depois de a Rússia anunciar o registro da vacina. A liberação sem os resultados publicados gerou críticas na comunidade científica internacional, que foram refutadas pelo governo russo.

“Os dados publicados são confiáveis e precisos e foram estudados por cinco revisores da ‘The Lancet’, um protocolo clínico completo foi fornecido ao escritório editorial da revista”, diz a nota de Logunov.

“Apresentamos exatamente os dados que recebemos durante os testes, e não números que deveriam ser apreciados pelos especialistas italianos”, continua a resposta.

O G1 entrou em contato com a “The Lancet” sobre o assunto, mas, até a mais recente atualização desta reportagem, não havia obtido resposta.

A vacina russa foi a primeira no mundo – e, até agora, a única – a ser liberada para aplicação em massa, prevista para ocorrer de forma simultânea aos ensaios de fase 3 no território russo. A manobra também gerou críticas entre especialistas, que afirmam que a terceira etapa – que testa a segurança e a eficácia de uma vacina em maior escala, com milhares de voluntários – é necessária para que a imunização possa ser aplicada na população geral.

No Brasil, testes da “Sputnik V” estão previstos nos estados da Bahia e do Paraná.

O cientista italiano tem uma empresa de “comercialização de ferramentas e serviços para a melhoria da integridade da pesquisa de dados em publicações científicas”, segundo a descrição do próprio site da companhia, chamada Resis, na Itália.

“Ver esses padrões de dados semelhantes entre medições não relacionadas é realmente improvável”, afirmou, também à “Nature”, Konstantin Andreev, pesquisador de infecções respiratórias virais na Northwestern University, no estado americano de Illinois. Andreev também assina o manifesto.

“Essas discrepâncias não são secundárias [pouco importantes]”, completou.

“Não estamos alegando má conduta científica, mas pedindo esclarecimentos sobre como surgiram esses dados aparentemente semelhantes”, continuou Bucci. “Quando lemos relatos de que a Rússia havia começado a injetar a vacina em pessoas fora dos testes clínicos, sentimos que precisávamos falar imediatamente”.

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