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Política Com críticas a Bolsonaro e apelos por “união”, evento virtual do 1º de Maio mira eleições de 2022

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Entre outras coisas, Gomes se referiu a Eunício nas redes como o “maior corrupto da história moderna do Ceará”. (Foto: Reprodução/Facebook)

A pregação pela “união de forças” para “derrotar” o bolsonarismo deu a tônica do evento virtual em celebração ao Dia do Trabalhador, promovido por centrais sindicais, neste sábado (1°). A transmissão ao vivo, com mensagens de líderes políticos da centro-direita à esquerda, também foi usada indiretamente como palanque eleitoral por potenciais nomes na disputa pela Presidência no ano que vem.

Sob as bandeiras da defesa da democracia, emprego, vacina, auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia e duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro, artistas, sindicalistas e adversários políticos — incluindo três ex-presidentes e futuros candidatos em 2022 — participaram da celebração por meio de vídeos transmitidos numa live de mais de 3 horas de duração.

Um dos principais nomes da chamada “terceira via”, Ciro Gomes (PDT) classificou o contexto deste 1º de Maio como “o pior momento da história brasileira”, disse. O político cearense foi o primeiro do evento a destoar dos demais ao aparecer na tela com um vídeo com edição profissional, num ensaio para o horário eleitoral das próximas eleições.

“Só sairemos mais rápido (dessa tragédia) se todos nos unirmos na busca das melhores soluções para o Brasil. Não podemos nos enganar, só chegamos ao ponto em que chegamos porque os sucessivos fracassos de modelo econômico, modelo político e práticas morais nos arrastaram para essa tragédia odienta chamada bolsonarismo”, discursou.

Outro nome citado como potencial candidato à Presidência, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), destacou a unidade das centrais sindicais na realização do evento — o segundo neste formato desde o início da pandemia — como um “sinal” de dias melhores: “Manifesto a minha solidariedade e a minha certeza de que esse 1º de Maio unificado é um importante sinal de esperança, sinal de fé e sinal de dias melhores na nossa Pátria. Parabéns! E firmes, sempre, na luta pela democracia, pelo emprego e pela vacina”.

Assim como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), que também é presidente nacional do partido, foi um dos principais políticos não alinhados à esquerda a participar do evento. Derrotado, em janeiro, na eleição para presidir a Câmara, Baleia defendeu a retomada do desenvolvimento no Brasil.“O que importa no pós-pandemia é o País voltar a se desenvolver. Contem comigo na luta por mais empregos, por mais renda e mais justiça social”, afirmou o deputado.

O coro contra o governo Bolsonaro foi engrossado por discursos dos líderes sindicais, os únicos a estarem pessoalmente presentes no evento. “É chegada a hora de dar um basta: é vacina no braço, é comida no prato e fora Bolsonaro. Esta é a nossa hora”, disse o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto.

Economia, desemprego e auxílio 

Os ex-presidentes petistas Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva se juntaram ao tucano Fernando Henrique Cardoso, primeiro dos três a falar, e dedicaram a maior parte de seus discursos a comentar a situação econômica do País.

“É fundamental, hoje, nós pensarmos nos trabalhadores porque há muito desemprego no Brasil. Eu diria que a questão fundamental do nosso País, hoje, é reabrir a economia de modo tal que ela possa permitir que nós tenhamos trabalho e renda para nossas famílias. Depois a educação, que também é fundamental”, apontou. FHC encerrou sua participação desejando um “futuro mais auspicioso e com mais empregos”.

No início de sua fala, Dilma comparou o número de vítimas da covid e desempregados no País entre o último 1º de Maio e hoje. “O altíssimo desemprego e as infames condições de trabalho — precário e intermitente, legados da reforma trabalhista — aliados ao desleixo do governo no comando da pandemia são responsáveis por produzir os níveis devastadores de fome, miséria e mortes”, afirmou.

Lula, desde o primeiro momento em que apareceu na tela, deu sinais claros de estar em campanha. Diferentemente dos demais participantes do evento — exceto Ciro —, que enviaram vídeos caseiros e sem edição, visualmente, o material do petista lembrava uma peça de horário eleitoral. “Nos últimos anos andamos para trás, a economia brasileira encolheu e é 7% menor em relação a 2014. Já estivemos nas sete maiores economias, mas hoje descemos ladeira a baixo e somos a 12ª”, disse o ex-presidente, que foi o último político a ter o vídeo exibido.

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