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Brasil Com o PT dividido, grupo defende apoio a candidato de Bolsonaro à presidência da Câmara dos Deputados

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Lira elogia a médica cotada para substituir Eduardo Pazuello. (Foto: Divulgação)

Partido de maior bancada da Câmara, com 54 deputados, o PT vive uma divisão interna, cada dia mais acirrada, para definir o seu caminho na eleição da presidência da Casa. Uma ala tem, inclusive, defendido o apoio a Arthur Lira (PP-AL), líder do centrão e candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

O racha ficou explícito em reunião da executiva da legenda com parlamentares. Além dos defensores de Lira, há um grupo a favor do lançamento de uma candidatura própria dos partidos de oposição. Outra parte luta por uma adesão ao nome indicado pelo atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Diante do impasse, o PT não tomou posição e decidiu apenas divulgar uma nota em que se compromete a lutar para buscar uma atuação em bloco com as outras legendas.

A ala defensora da candidatura própria queria incluir na nota que o objetivo do PT na eleição da Câmara deva ser “derrotar Bolsonaro”, mas houve objeção dos apoiadores de Lira, e o tema nem chegou a ser votado.

“O Lira é o candidato do centrão. O centrão tem um acordo com o Bolsonaro. Pode ter um acordo com a gente também”, diz Washington Quaquá, um dos vice-presidentes do PT e integrante da comissão que acompanha as discussões sobre a eleição na Câmara. Quaquá acrescenta que o PT deve apoiar o candidato que “abrir mais espaço de participação e tiver compromisso com uma pauta democrática”.

“Não tenho nenhum problema com o Lira, pelo contrário. Para falar a verdade, acho que ele pode ter mais condições de avançar na pauta democrática”.

Na visão defendida pelo dirigente, o país vive atualmente uma “democracia capenga”. Indagado se o acordo com Lira envolveria o combate ao “lavajatismo” e a defesa de mudanças na Lei da Ficha Limpa, o vice-presidente do PT respondeu:

“O fato de o maior partido brasileiro não ter conseguido lançar o seu candidato a presidente da República macula a democracia. (…) O acordo no Parlamento tem que passar pela reestruturação da democracia”. Em 2018, o ex-presidente Lula foi impedido de disputar a eleição por causa da Lei da Ficha Limpa em razão de sua condenação em segunda instância no caso do tríplex do Guarujá.

Outros petistas, tanto contrários quanto favoráveis à aliança com Lira, descartam a possibilidade de um acordo sobre a mudança na Lei da Ficha Limpa entrar nas negociações porque esse seria um compromisso que o deputado do PP, caso eleito, não teria como cumprir, diante da oposição da opinião pública. No domingo (13), o parlamentar negou no Twitter que esteja tratando de alterações na lei.

Um deputado afirma que Lira se comprometeu em garantir ao PT a indicação do primeiro vice-presidente da Câmara. Um outro dirigente defende que o partido seja pragmático e aposte no candidato do PP, que teria mais chance de vencer, justamente por causa do apoio do governo federal.

Ex-presidente do partido, o deputado Rui Falcão (SP) é um dos que que tem tentado barrar a adesão a Lira: “O PT não pode votar no candidato do governo. O compromisso mais importante de um presidente da Câmara é, atendidos os princípios da legalidade, pautar um dos pedidos de impeachment”.

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