Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de julho de 2020
A vacina é chamada de CoronaVac
Foto: ReproduçãoO governo de São Paulo anunciou, nesta segunda-feira (06), que o recrutamento de voluntários para a terceira fase de testes da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac começará na segunda-feira (13).
Na sexta (03), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou a nova etapa do projeto realizado pelo laboratório chinês em parceria com o Instituto Butantan. Em todo o Brasil, serão escolhidos 9 mil voluntários distribuídos em São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal.
Segundo o governador João Doria (PSDB), após o recrutamento, a vacina deve começar a ser aplicada nos voluntários no dia 20 de julho. Apenas profissionais de saúde que estejam na ativa poderão participar do estudo. Outros pré-requisitos são que os voluntários não tenham se contaminado pela Covid-19 e morem perto de um dos 12 centros de pesquisa que conduzirão o projeto.
“A inscrição será obrigatoriamente para profissionais de saúde, médicos, paramédicos, enfermeiros, os que estão atuando e os que já atuaram. Com a autorização da Anvisa, começaremos o processo de testagem a partir do dia 20 de julho”, disse Doria em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
“No mundo, são 136 vacinas em desenvolvimento, 12 em estudos clínicos. Dessas 12, apenas três estão na chamada fase três. Então, a partir da aprovação da Anvisa, nós nos credenciamos como uma das três vacinas que têm grande chance de chegar ao público muito rapidamente. E nós temos um acordo preliminar de um acesso, até o final deste ano, de 60 milhões de doses [para o Brasil] se a vacina for efetiva”, afirmou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
A vacina é chamada de CoronaVac. Em nota, a Anvisa informou que as fases um e dois, feitas em humanos saudáveis e em animais, demonstraram bons resultados com o esquema de duas doses da vacina.
Esse é o segundo teste de vacina contra a Covid-19 liberado pela Anvisa no Brasil. No dia 2 de junho, a agência autorizou o ensaio clínico da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.