Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 25 de novembro de 2020
Em muitos países, como o Brasil, o debate sobre a obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19 tem dividido opiniões. Para a companhia aérea australiana Qantas Airways, no entanto, o assunto já está resolvido: apenas passageiros vacinados poderão embarcar em seus aviões para voos internacionais.
A medida, é claro, só começa a valer quando as vacinas, que agora estão sendo testadas e desenvolvidas, finalmente cheguem à população em geral. A exigência, na opinião do presidente da Qantas, Alan Joyce, em breve será comum em todo o setor aéreo global.
À emissora de TV Channel Nine, Joyce afirmou:
“Estamos considerando mudar nossos termos de uso para viajantes internacionais, para dizer a eles que pediremos às pessoas que se vacinem antes de embarcarem no avião. Para os viajantes internacionais que vêm para a Austrália e para as pessoas que estão deixando o país, achamos que é uma necessidade”.
O presidente da Qantas previu que esse tipo de medida se generalizará no mundo do transporte aéreo, enquanto governos e companhias aéreas estudam, segundo ele, a possibilidade de estabelecer boletins eletrônicos de vacinação.
A Austrália fechou suas fronteiras desde março para combater a pandemia do coronavírus. Dezenas de milhares de australianos estão bloqueados no exterior por causa disso, já que o governo só autoriza o retorno de um número limitado de seus cidadãos a cada semana.
Essa política de isolamento parece ter valido a pena, pois desde que a epidemia foi declarada, o país registrou apenas 907 mortes e pouco mais de 27,8 mil casos de covid-19.
Por causa do impacto brutal que a pandemia teve no tráfego aéreo, a Qantas cortou 8,5 mil empregos e tem mais de 200 aeronaves em solo.
Aberto da Austrália
O Aberto da Austrália deve ser adiado por uma ou duas semanas, já que as negociações entre organizadores, autoridades de tênis e o governo de Victoria sobre medidas de saúde continuam, afirmou Matin Pakula, ministro estadual do Esporte nesta quarta (25).
A Tennis Australia (TA) classificou no último sábado (21) como “especulação” uma reportagem de que o Grand Slam seria adiado de sua programação original de 18 a 31 de janeiro.
“Há uma série de datas potenciais em jogo”, disse o ministro de Esportes e Turismo de Victoria, Martin Pakula, a repórteres em Melbourne. “Tenho visto reportagens que sugerem que é provável o adiamento em uma ou duas semanas. Acredito que ainda é mais provável”, acrescentou.
“Mas não é a única opção. Como vocês sabem, o Aberto da França foi adiado por muitos meses e Wimbledon nem ocorreu. Ainda acho que é muito mais provável que seja um adiamento mais curto do que mais longo.”
O premiê de Victoria, Dan Andrews, que na quarta-feira comemorou o 25º dia do Estado sem um novo caso de covid-19, disse estar confiante de que o torneio seguirá em frente, mas que os jogadores terão que passar por quarentena. “Teremos um Aberto da Austrália… mas (terá) que ser diferente”, declarou Andrews.