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Brasil Condenados da Lava-Jato vão passar o réveillon atrás das grades

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Ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, investigado pelo caso Triplex.. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Muitos já sabem o que é um réveillon na cadeia da Lava-Jato. É o caso do ex-governador do Rio Sérgio Cabral e do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. Outros vão viver essa experiência pela primeira vez esta noite, que o diga Lula, ex-presidente condenado a 12 anos e um mês de reclusão no processo do triplex do Guarujá, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, delitos que ele nega com veemência. Em uma “sala especial” da Polícia Federal de Curitiba, o petista cumpre sua pena desde 7 de abril.

Em um País marcado por tanta impunidade, não é todo dia que condenados de colarinho branco, ou por crimes contra a administração pública, fiquem por muito tempo na prisão. A Lava-Jato quebrou essa tradição e mantém na tranca dura nomes como João Vaccari Neto e Renato Duque. Esta noite eles vão completar a quarta virada de ano no cárcere.

Da turma que já viu a passagem do ano pelas grades fazem parte nomes conhecidos da Lava-Jato, entre eles o próprio Vaccari, o ex-presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, o empreiteiro Léo Pinheiro, o lobista do MDB João Henriques.

Ainda, o ex-gerente da estatal petrolífera Jorge Zelada, o ex-senador Gim Argello. E tem o Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras.

Vaccari foi preso no dia 15 de abril de 2015. Ele é um dos mais longevos prisioneiros da Lava-Jato. Será seu quarto réveillon aprisionado. Já pegou uma primeira pena de 10 anos, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, imposta pelo então juiz Sérgio Moro – pena ampliada para 24 anos de reclusão pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4.ª Região), o Tribunal da Lava-Jato.

A ação na qual Vaccari viu sua pena ser aumentada trata de supostas propinas pagas pelo Grupo Keppel em contratos celebrados com a Sete Brasil Participações para o fornecimento de sondas para utilização pela Petrobras na exploração do petróleo na camada do pré-sal. Parte dos pagamentos de propinas teria ocorrido por transferências em contas secretas no exterior e outra parte iria para o PT.

Vaccari foi absolvido em duas ações, mas ainda está condenado em outras decorrentes da Lava-Jato.

Seu colega de partido, o também ex-financeiro do PT, Delúbio Soares, pegou seis anos de condenação por lavagem de dinheiro. Esta será sua primeira noite de passagem de ano na cadeia da Lava-Jato.

Bendine, que comandou a Petrobras, está recolhido desde julho de 2017. Ele foi alvo da Operação Cobra, fase 42 da Lava-Jato. Pegou onze anos de cadeia por supostamente ter recebido propina de R$ 3 milhões da empreiteira Odebrecht. Quando condenou e manteve Bendine preso, o juiz Moro alertou para sua “ousadia criminosa”.

Cabral, preso desde novembro de 2016, já acumula 198 anos e seis meses de condenações em quase dez ações penais decorrentes da Lava-Jato. Ele está preso no Rio, enquanto a maioria dos outros apenados está em São José dos Pinhais, nos arredores de Curitiba, base e origem da grande operação.

Na cadeia de Pinhais vai passar seu terceiro réveillon o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Por ordem de Moro, o emedebista está recolhido desde outubro de 2016. O ex-juiz o condenou em uma ação penal a 15 anos e quatro meses de reclusão, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas.

Não é tudo. A Justiça do Distrito Federal também já condenou o ex-presidente da Câmara, em uma ação por supostas fraudes no FI-FGTS, a 24 anos de prisão.

Gim Argello, ex-senador (PTB/DF), também vai passar sua terceira virada de ano na prisão. Ele foi capturado em 2016, na Operação Vitória de Pirro, mais uma etapa da Lava-Jato.

Inicialmente, Moro condenou Argello a 19 anos de prisão, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação de organização criminosa – segundo a Lava-Jato, em 2014, Argello integrava duas CPIs da Petrobras e teria cobrado R$ 5 milhões de cada empreiteira do cartel que operou na estatal petrolífera para barrar a convocação de seus executivos.

Preso desde 2015, Renato Duque, em apenas uma ação, pegou 28 anos de cadeia, por decisão do TRF-4. Este será seu quarto réveillon na prisão da Lava-Jato. E será o primeiro de Lula.

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https://www.osul.com.br/condenados-da-lava-jato-vao-passar-o-reveillon-atras-das-grades/ Condenados da Lava-Jato vão passar o réveillon atrás das grades 2018-12-31
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