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Saúde Confirmado 14º caso de leishmaniose visceral humana desde 2016

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Saúde constatou vínculo epidemiológico do paciente com o Morro da Polícia

Foto: Patrícia Coelho/Divulgação PMPA

Um menino de nove anos é o 14º paciente a ter confirmado diagnóstico de leishmaniose visceral humana em Porto Alegre. O paciente foi medicado, hospitalizado e já teve alta. Ele passa bem. A confirmação ocorreu por critério clínico-epidemiológico. A primeira notificação da suspeita à SMS (Secretaria Municipal de Saúde) ocorreu em 18 de novembro, quando foi iniciada a investigação e vigilância epidemiológica da evolução do caso.

O paciente apresentou febre intermitente desde o mês de agosto. “Como exames laboratoriais foram negativos ou inconclusivos, não havia outro diagnóstico e a clínica da criança era compatível com Leishmaniose Visceral (como palidez, emagrecimento, aumento do abdômen), de forma conjunta com a Vigilância Estadual técnicos da Diretoria Geral de Vigilância da Secretaria Municipal de Saúde orientaram para tratamento medicamentoso”, explicou o diretor da Vigilância em Saúde, Anderson Lima.

Entre final de novembro e início de dezembro, técnicos da Secretaria confirmaram vínculo epidemiológico com a região do Morro da Polícia, na Zona Leste, local de moradia da família até o início de 2019 e mesma região onde outros três casos de leishmaniose visceral humana, foram confirmados, em 2017 e 2018.  O primeiro caso de LVH de Porto Alegre foi confirmado em 2016.

O diretor da Vigilância em Saúde destaca que as ações no Morro da Polícia são continuadas. Em 2019 foram realizadas na região, caracterizada por grande vulnerabilidade social, 120 castrações nas áreas de transmissão, em parceria com a Diretoria de Direitos Animais da prefeitura, além de microchipagem e encoleiramento de cães com coleiras repelentes. A comunidade recebe orientações sanitárias e ambientais em parceria com as Unidades de Saúde da Atenção Primária da SMS de forma permanente.

Na quarta-feira (11) foram realizadas coletas de amostras de sangue de 38 cães da região, que foram microchipados e receberam coleiras repelentes. Do total, sete tiveram resultado positivo para Leishmaniose visceral canina no teste rápido. As amostras foram enviadas para o Lacen (laboratório Central do Estado) para exames complementares.

Equipes da Vigilância em Saúde estiveram no local e os proprietários foram orientados quanto a Leishmaniose Visceral, assim como orientados quanto as melhorias das condições de seus pátios e cuidados com o ambiente. O trabalho de coleta de amostras de sangue de cães da comunidade terá continuidade.

A Leishmaniose Visceral é uma doença grave, causada por um protozoário. A doença é transmitida principalmente pela picada de um inseto vetor chamado flebotomíneo, popularmente conhecido por mosquito-palha.

Embora atinja principalmente cães, seres humanos também podem ser infectados, acidentalmente, pela picada do inseto. O mosquito-palha se contamina picando um cão infectado.

A leishmaniose visceral não é contagiosa. Não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra, nem dos cães para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre pela picada da fêmea do mosquito-palha. Não há vacina contra leishmaniose visceral, doença que pode ser curada em humanos, mas não em animais.

Recomendações e prevenção:

– Mantenha a casa limpa e o quintal livre dos criadores de insetos. O mosquito-palha vive nas proximidades das residências, preferencialmente em lugares úmidos, mais escuros e com acúmulo de material orgânico. Os insetos costumam picar os animais durante toda a noite. Também podem atacar nas primeiras horas do dia e ao entardecer.
– Se possível, coloque telas de 1mm nas janelas;
– Se possível, use mosquiteiros com tela de 1mm;
– Use repelente corporal;
– Embale sempre o lixo;
– Evite acúmulo de fezes de animais, restos de alimentos, frutas e folhagens no quintal ou pátio.

Cuidados com os cachorros (em especial se mora próximo a matas nativas, ou caso saiba de caso confirmado da doença):
– Cuide bem da saúde do seu cão, mantenha o animal no pátio, evitando a circulação pela rua;
– Se possível, utilizar coleiras repelentes nos cães,
– Afastar os animais domésticos e suas instalações da casa.

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https://www.osul.com.br/confirmado-14o-caso-de-leishmaniose-visceral-humana-desde-2016/ Confirmado 14º caso de leishmaniose visceral humana desde 2016 2019-12-13
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