Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 9 de fevereiro de 2023
O Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto alteraram seus sistemas de segurança um mês após os ataques extremistas do dia 8 de janeiro. A Corte ampliou o número de agentes que protegem o prédio, o Parlamento alterou as regras de acesso às suas dependências e a presidência, a que menos implementou mudanças, restringiu a circulação no andar dos ministros.
A nova realidade pode ser vista mesmo do lado de fora dos palácios. A Praça dos Três Poderes, que fica em frente aos principais prédios públicos do País, segue praticamente toda gradeada, o que dificulta a locomoção de pedestres.
Na frente do STF, seguranças usam armas especiais, como um lança-rojão adquirido há dois anos.
A secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que já está em andamento um plano de aumento e qualificação do efetivo que atua na área central da capital, além há um projeto de revitalização da Praça.
As principais mudanças ocorreram na Câmara e no Senado. Agora, apenas parlamentares estão liberados da exigência de passar pelo detector de mentais e pelas máquinas de raio-x localizadas nas portas do Congresso. Anteriormente, servidores e jornalistas credenciados eram liberados do procedimento. No início da tarde da última terça (7), uma pequena fila formou-se na entrada de um dos anexos do Senado, mas sem causar maiores transtornos. O mesmo protocolo já era adotado no Planalto e STF.
A Suprema Corte decidiu reforçar a segurança com mais agentes. O órgão solicitou a outros tribunais a cessão, de forma definitiva, de integrantes da Polícia Judicial. Esse processo ainda está em andamento, mas o objetivo é aumentar em 30% o efetivo responsável pelo STF, que não divulga o número de policiais que atuam hoje, sob argumento de que se trata de informação estratégica. Parte dos agentes do Supremo permanece na área externa do prédio, de frente para a Praça, uma estratégia adotada desde o 7 de Setembro de 2021, quando aumentaram as ameaças à Corte.
O Palácio do Planalto restringiu a circulação aos seus anexos nos dias subsequentes aos atos de 8 de janeiro. A situação, porém, foi praticamente normalizada. Apenas no quarto andar, onde estão gabinetes de ministros, a fiscalização permanece mais rigorosa. Antes das invasões, nos primeiros dias de governo, o acesso a essa área era menos restrito. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) afirmou apenas que “os planos de segurança das instalações presidenciais são periodicamente revisados e atualizados”.
Força desmobilizada
Diferentemente do que ocorreu no interior das sedes dos Três Poderes, houve ao menos uma baixa do lado de fora. A Força Nacional, que atua em ações temporárias e vinha dando apoio à proteção dos prédios públicos, encerrou a missão na capital. O Ministério da Justiça confirmou que o prazo de atuação da corporação se esgotou.